O que se fala e o que se escreve: Produção de presença e consciência histórica em uma família negra no litoral norte do Rio Grande do Sul.

AUTOR(ES)
FONTE

Varia hist.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-04

RESUMO

Este artigo analisa as relações entre a palavra oral e a escrita por parte de uma comunidade negra no litoral norte do Rio Grande do Sul durante o século XX. Para tanto, enfocou-se uma família que possui documentos escritos desde fins do século XIX e que os conserva cuidadosamente, inobstante serem seus integrantes analfabetos. Tal situação suscita a questão sobre os significados emprestados à palavra escrita e sobre a relação por ela estabelecida com o discurso oral. Da mesma forma, analisa-se a presença dos ancestrais por meio da documentação escrita e propõe-se o papel dos guardiões destes documentos como intérpretes, por meio da noção de "consciência histórica". A análise aqui realizada se dá, ela mesma, na intersecção entre escrito e oral, uma vez que se ampara no cruzamento de entrevistas e o dito acervo documental, assim como na sua leitura para os familiares e interpretação de suas reações.

ASSUNTO(S)

oralidade produção de presença consciência histórica.

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