O POTENCIAL DAS CÉLULAS INTESTINAIS COMO FONTE DE CÉLULAS PROGENITORAS PANCREÁTICAS / INTESTINAL CELL POTENTIAL AS SOURCE OF PANCREATIC PROGENITOR CELLS

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

24/02/2012

RESUMO

O objetivo do presente trabalho foi estabelecer um cultivo primário de células intestinais de suínos para a caracterização celular quanto a expressão de RNAm de genes relacionados á formação e desenvolvimento pancreático e ao metabolismo da insulina. O tecido intestinal e as células isoladas de leitões neonatos foram avaliados quanto a expressão de RNAm dos genes pancreáticos por qRT-PCR. O tecido e as células isoladas antes e depois do cultivo, nas duas primeiras passagens, foram avaliados para os genes Pdx1 (Pancreatic and duodenal homeobox), Ngn3 (Neurogin3), NeuroD1 (Neurogin differentiation 1), PC1/3 (Prohormone convertase 1/3), PC2 (Prohormone convertase 2) e o gene da insulina (INS). O intestino e a passagem 2 das células cultivadas foram avaliadas quanto a presença de insulina por imunofluorescência. No primeiro experimento, as células intestinais foram cultivadas em meio contendo RPMI, EGF, penicilina, anfotericina B e insulina (10μg/ml). Para os genes Ngn3, PC1/3 e PC2 a expressão de RNAm não diferiu durante o processo de obtenção das células nem durante as passagens, enquanto que para os genes Pdx1, INS e NeuroD1 a expressão diminuiu nas células cultivadas. No segundo experimento, foi realizado um cultivo primário de células intestinais de suínos neonatos, utilizando o meio básico descrito no primeiro experimento, mas sem insulina (grupo controle) ou com 25 mM de glicose e sem insulina (grupo tratamento). Esse experimento foi realizado com o objetivo de avaliar a expressão desses genes em resposta á ausência da insulina ou presença de glicose no cultivo. Independentemente da adição de glicose, houve uma diminuição da expressão de todos os genes estudados ao longo da primeira passagem e um aumento (retornando aos níveis iniciais encontrados no intestino), ou até superiores (NeuroD1) em células da segunda passagem, com exceção do Pdx1. A quantidade de mRNA para Pdx1 observada no tecido intestinal se manteve nas células isoladas e na primeira passagem, independente da presença de glicose, e decresceu nas células da segunda passagem. Anticorpos para insulina não detectaram a presença desta proteína no tecido intestinal, bem como nas células cultivadas com adição de glicose e do grupo controle. Com base nesses resultados, pode-se inferir que as células intestinais duodenais de suínos neonatos possuem um caráter de célula progenitora pancreática, em função do padrão de expressão gênica, porém não são capazes de produzir a proteína insulina. No entanto, observando os dados de expressão de RNAm é possível sugerir que essas células podem ser mais facilmente diferenciadas e consequentemente usadas em estudos de terapia celular para diabetes mellitus tipo 1.

ASSUNTO(S)

expressão gênica suíno insulina cultivo celular medicina veterinaria insulin porcine gene expression cell culture

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