O paranismo e as artes visuais

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Ao inventar o passado a cidade constrói o futuro, suas particularidades arquitetônicas são caracterizadas pelo passado que é possível de se enxergar. Este trabalho teve como pretensão buscar na cidade de Curitiba um passado que deixou vestígios no presente. No século XIX inicia-se no Paraná uma preocupação por parte de alguns intelectuais em relação à identidade cultural do Estado. Na década de 20, um grupo de pessoas incomodadas ainda pelo fato do Estado do Paraná não possuir em si traços regionais, idealizam o Movimento Paranista, destacando, entre outros, o escritor Romário Martins e os artistas plásticos Lange de Morretes e João Turin. Uma das características do discurso dos idealizadores do Paranismo era de integrar todos os indivíduos que adotassem o Paraná como sua terra, sendo eles paranaenses, brasileiros ou imigrantes. O Movimento foi divulgado na cidade de Curitiba com a intenção de atingir a todo Estado do Paraná através de lendas, artigos publicados e principalmente por meio das Artes Visuais, que foram seu principal veículo de exposição. Ícones e estilizações foram espalhados por toda cidade de Curitiba, chegando a ser reconhecido entre seus criadores como o estilo paranista, com a intenção de convencer a toda população de que, a partir daquele momento, imagens do pinheiro, da pinha e do pinhão eram efetivamente os símbolos do Paraná. Posteriormente também a gralha-azul, remontando à mesma, uma possível preservação dos pinheiros. Apesar do movimento paranista se restringir à Curitiba, os paranaenses ainda hoje em geral reconhecem os símbolos paranistas, apesar de desconhecerem sua história. Esta aceitação da população paranaense, em especial a curitibana, é fortalecida também graças a algumas atitudes posteriores ao Paranismo que acabaram perpetuando as idéias do mesmo; podemos citar os incentivos às leis e à cultura por parte de governantes e representantes do Estado e de colaboradores em relação ao resgate da tradição e simbologia paranaense. Porém é inegável que o agente principal da permanência dos símbolos paranistas foi mesmo a produção artística que se gerou durante as décadas de 20 e 30, bem como a produção gerada após o movimento, propiciando um Neo-paranismo; este e suas idéias e alternativas diferenciadas, proporcionaram aos símbolos paranaenses resoluções inovadoras que, provavelmente, jamais foram imaginadas por seus primei os idealizadores

ASSUNTO(S)

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