O paradoxo do diagnóstico precoce de câncer

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. latinoam. psicopatol. fundam.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-09

RESUMO

Como circunscrever o discurso do paciente que teve diagnóstico de câncer com técnicas de detecção precoce dessa doença? A partir de dois casos clínicos, tentamos desenvolver a idéia de um efeito traumático no paciente ao ser informado desta doença potencialmente mortal. Assistimos à recomposiçao do fantasma de morte com o enunciado do discurso médico, figura reduplicada dos pais não protetores. E o corpo constitui-se como um objeto “fobogênico”, lugar de projeção do traumático. Desta forma o sujeito instala-se numa posição de identificação ao agressor segundo os termos de Ferenczi. Durante o tempo em que o paciente se mantiver numa posição exterior em relação ao seu corpo libidinal – e será isto que facilitará o discurso médico – ele ficará hipnotizado pelo agressor, repetindo desta forma um comportamento infantil, de submissão aos maus pais. Despossuídos de seus próprios corpos, esses pacientes testemunham dos destinos pulsionais mais variáveis, chegando a formas mais mórbidas.

ASSUNTO(S)

câncer fantasma identificação ao agressor morbidez

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