Protocolos de rastreamento para o diagnóstico precoce do câncer de pulmão: passado, presente e futuro

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal de Pneumologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2002-09

RESUMO

O carcinoma brônquico é, de todos, o de maior letalidade, responsabilizando-se, anualmente, por maior número de óbitos do que aqueles decorrentes do câncer do cólon, mama e próstata juntos. Seguindo seu curso natural, mais de 50% dos pacientes têm metástases a distância e somente 20 a 25% são potencialmente ressecáveis no momento do diagnóstico, com perspectiva de sobrevida em cinco anos de apenas 14%. Os protocolos de rastreamento, baseados em radiografias do tórax e citologia do escarro, realizados há 30 anos com o intuito de estabelecer o diagnóstico precoce, mostraram maior índice de ressecabilidade e melhores taxas de sobrevida, porém sem causar impacto na redução da mortalidade específica. Nos últimos anos, com o advento da tomografia computadorizada helicoidal de baixa dose e de novas técnicas para análise das secreções respiratórias e da mucosa brônquica, com o potencial para identificar casos de câncer de pulmão em fases mais precoces de sua evolução natural, os protocolos de rastreamento voltam a despertar o interesse. Os autores revisam os protocolos de rastreamento realizados no passado, assim como analisam os estudos prospectivos mais recentes e discutem as perspectivas futuras, destacando suas principais limitações, os problemas metodológicos no seu delineamento e principais vieses que comprometem a interpretação dos resultados.

ASSUNTO(S)

neoplasias pulmonares tabagismo carcinoma broncogênico protocolos clínicos lesão mumular pulmonar

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