O ombro em uma linha de produção: estudo clínico e ultrassonográfico

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Reumatologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-08

RESUMO

INTRODUÇÃO: A correlação entre dor no ombro, exame físico e ultrassonografias anormais é controversa no cenário ocupacional. OBJETIVO: Estabelecer a associação entre dor, exame físico e ultrassonografia em trabalhadores de uma indústria farmacêutica. PACIENTES E MÉTODOS: Cem trabalhadores foram convidados a participar do estudo e submetidos aos critérios de inclusão e exclusão; 93 foram incluídos neste estudo. Todos assinaram termo de consentimento e tiveram exame físico realizado por um dos autores. O exame ultrassonográfico foi realizado, no máximo, após um mês do exame físico por um operador experiente, que desconhecia o quadro clínico. RESULTADOS: houve correlação estatística entre dor e manobras clínicas, em 57 ombros, para o tendão supraespinhal (SE) (P = 0,000), e nenhuma correlação com as manobras para o tendão do bíceps (P > 0,05). Na comparação entre os achados clínicos e a ultrassonografia, as manobras de Neer, Hawkins e Jobe tiveram associação estatística (P < 0,05). A associação entre dor e ultrassonografia alterada foi estatisticamente significativa (16 dentre 57 ombros com dor, com P < 0,05), porém houve falsa-positividade significativa de achados ultrassonográficos em ombros assintomáticos (sete ombros). CONCLUSÃO: O diagnóstico preciso é um processo complexo que requer a associação de anamnese clínica e ocupacional, exame físico acurado e ultrassonografia realizada por um operador experiente.

ASSUNTO(S)

medicina do trabalho dor de ombro ler/dort distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho ultrassonografia em ombro doenças profissionais

Documentos Relacionados