O ingresso da psicanálise no sistema de saúde pública na Argentina
AUTOR(ES)
Dagfal, Alejandro Antonio
FONTE
Psicologia em Estudo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-09
RESUMO
Na Argentina, a renovação cultural ocorrida a partir de 1955 possibilitou à psicanálise deixar de ser uma prática privada reservada às elites da capital. A ampliação dessa clínica foi favorecida tanto pela abertura de novos espaços institucionais públicos como por transformações ocorridas nos já existentes, onde alguns passaram a adotar técnicas de "inspiração psicanalítica". É o caso, por exemplo, da psicoterapia de grupo. Ainda que derivada da psicanálise e exercida por médicos e psicólogos, constituiu-se como uma alternativa, ao mesmo tempo, de atendimento e formação, o que fez com que essa prática deixasse de ser patrimônio exclusivo dos membros da Associação Psicanalítica Argentina (APA). Assim, a instituição oficial perdia o monopólio do "uso legítimo" da psicanálise. Neste trabalho é analisado particularmente o caso do Serviço de Psicopatologia do Hospital Lanús, dirigido por Mauricio Goldenberg entre 1956 e 1972, já que exemplifica muito bem este fenômeno de expansão e transformação da psicanálise. Foi adotada uma metodologia clássica no campo da história, baseada na análise de textos e documentos da época.
ASSUNTO(S)
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