O impacto das funções físicas nos sintomas depressivos em pessoas com esclerose múltipla

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Neuro-Psiquiatr.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-01

RESUMO

RESUMO Introdução: A esclerose múltipla (EM) é uma doença imunomediada que afeta o sistema nervoso central. O impacto da doença transcende as funções físicas e se estende a comprometimento psicológico. Aproximadamente 50% das pessoas com EM desenvolvem sintomas depressivos e estes podem predizer o comprometimento das funções físicas. No entanto, a previsão de sintomas depressivos com base em medidas objetivas das funções físicas ainda é necessária. Objetivos: Comparar funções físicas entre pessoas com EM que apresentam ou não sintomas depressivos e identificar preditores de sintomas depressivos usando medidas objetivas de funções físicas. Métodos: Estudo transversal incluindo 26 pessoas com EM. A ansiedade e/ou sintomas depressivos foram avaliadas pelo Inventário de Depressão de Beck-II (Beck Depression Inventory - BDI-II) e pela Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão. Os resultados das funções físicas incluíram: teste de PEG de nove buracos, força muscular do joelho, controle de equilíbrio, teste Timed Up and Go (TUG) e teste da caminhada de seis minutos (TC6M). A fadiga percebida foi medida usando a escala de Borg. Resultados: A frequência de sintomas depressivos na amostra foi de 42%. O controle do equilíbrio durante tarefa desafiadora foi prejudicado em pessoas com EM e sintomas depressivos. O equilíbrio pode explicar 21-24% da variação nos sintomas depressivos. O TC6M e o TUG apresentaram tendência de significância que explica 16% da variância no escore do BDI-II. Conclusões: O comprometimento das funções físicas é potencial preditor de sintomas depressivos em pessoas com EM. São sugeridas intervenções de exercícios físicos visando melhora das funções físicas, juntamente com o tratamento médico convencional e dos sintomas depressivos.

Documentos Relacionados