O discurso de Judith Grossmann nos romances. Busca da Subjetividade, Encontro com uma Ética do Bem-Dizer. / The discourse of Judith Grossmann in the novels. Search of the Subjectivity, meeting With Ethics of Well-Sayng.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Esta Tese tem como ponto de partida a leitura analítica do discurso de Judith Grossmann nos Romances Cantos Delituosos, Meu Amigo Marcel Proust e Fausto Mefisto e no Depoimento da Academia de Letras da Bahia em 1991. O objetivo é o estudo da subjetividade.Inicialmente, o tema do olhar motiva uma pesquisa fundamentada na filosofia e que, centrada no olhar construído pelo discurso nos Prefácios dos Romances, vai permitir uma experiência: a do olhar do leitor se deter na experiência singular do olhar da narradora.Este estudo prossegue com o referencial de Michel Foucault e traça um caminho de indagações sobre o que é o autor, articuladas com a questão da finitude humana e da transgressão. O interesse de Foucault pela literatura entendida como o lugar de uma experiência da linguagem e que complementou suas pesquisas da problemática do homem na modernidade permite uma releitura dessas questões desde o ponto de vista da escrita literária como uma experiência de pensamento. Uma experiência que se abre para a báscula entre a vida e a morte, o oculto e o que se mostra, implicando a relação do ser de linguagem com o limite, a finitude, o vazio, a falta.O discurso de Judith Grossmann permite acompanhar e pensar estas dobras e margens, apontando para a busca das questões do sujeito na sua ligação com o corpo e com o cuidado de si, conforme as últimas formulações de Foucault na hermenêutica do sujeito. Esta complexidade do sujeito é vista no âmbito da psicanálise pela via do mandamento de amor ao próximo e do confronto com a maldade do outro, lugares de uma alteridade onde o gozo implica o mal. Lacan articula esse mandamento com a questão de estar a serviço do bem e o situa com relação ao belo e ao desejo. Isso aponta para continuar o estudo do discurso de Judith Grossmann como uma experiência de pensamento que se pode empreender numa ética do bem-dizer.

ASSUNTO(S)

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