O cotidiano da morte e a secularização dos cemitérios em Belém da segunda metade do século XIX (1850/1891)

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Esta dissertação de título O cotidiano da morte e a secularização dos cemitérios em Belém na segunda metade do século XIX (1850 / 1891), procurou visualizar o caminhar e o permanecer em torno dos significados da morte, dos mortos e dos ritos fúnebres em Belém durante a segunda metade do século XIX. Assim, a dissertação versa sobre as transformações no cotidiano da morte decorrente da mudança dos locais dos enterramentos do interior das Igrejas para os cemitérios a céu aberto, mas também sobre o projeto de secularização destes espaços. Estas questões, aliás, ganham expressividade nas páginas seguintes, pois delas surgiram outros tangenciamentos como os debates acerca da salubridade do espaço urbano ameaçado por epidemias e miasmas emanados dos corpos em decomposição. Foi nesta perspectiva que se buscou interpretar determinadas tensões que se formaram no interior da sociedade belenense e que contribuíram para mudanças significativas no caminhar dessa sociedade frente à morte e aos mortos. A construção dos cemitérios o de Nossa Senhora da Soledade e o de Santa Izabel envolveram questões complexas como o abandono do costume de enterrar nas igrejas e passar a enterrá-los em cemitérios a céu aberto, a exclusividade que a Igreja Católica desejava ter nesses novos espaços, o debate em torno da secularização dos cemitérios e dos enterros civis levantando questões que não ficaram circunscritas às inquietações religiosas, mas estabeleceram conflitos políticos, culturais e sociais, enfim seguir os passos de brancos, índios e negros, Católicos, Protestantes e Maçons e tentar compreender suas atitudes diante da morte e dos mortos. Para isso procurou-se visualizar a cidade, seu cotidiano, o viver e o morrer de seus habitantes, encarar o mais próximo possível as representações frente à morte e aos mortos. Entenda-se então que os eixos centrais da presente dissertação são os que buscam perceber como diferentes segmentos sociais da Belém oitocentista lidaram com o processo de vida e morte, com os enterramentos, os ritos fúnebres, e a secularização dos cemitérios

ASSUNTO(S)

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