O chiste e sua relação com o ato analitico

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1999

RESUMO

O presente trabalho trata de uma reflexão sobre o uso do chiste na compreensão da estrutura do ato analítico. Isto não significa dizer que a estrutura de chiste do ato analítico se refere a um tipo especial de manejo clínico. O chiste serve, em minha hipótese, como instrumento heurístico para iluminar um pensar teórico sobre o ato analítico. Escolhi o chiste, dos elementos de formação do inconsciente, para relacioná-lo com o ato analítico, justamente por essa sua capacidade de criar um desconcerto que traz um esclarecimento. A partir de FREUD, até chegar onde LACAN desenvolveu seus questionamentos sobre os chistes como um ato de sentido, retomarei sua reflexão sobre os mesmos, no seminário 5 sobre as "Formações do inconsciente ", de modo a aproximá-las de suas teorizações posteriores sobre o ato psicanalítico. Neste seminário, LACAN não retoma a questão dos chistes e é por isso que farei uma reflexão no sentido de pensar a aproximação entre a estrutura do chiste e sua relação com o ato analítico. Pensar a estrutura do chiste em conexão com o ato analítico dentro da situação analítica, também, remete a pensar a estrutura da linguagem a partir da transferência, que traz em si uma dissimetria. O chiste ajuda a pensar a metapsicologia da escuta analítica. Se a idéia de diálogo se transforma, a idéia de sujeito se transforma. O chiste é um modo de discurso eficaz, de tal forma que a estrutura do chiste é mais importante do que o chiste em si. Entender a situação analítica trata-se de uma disposição de lugares dentro do discurso

ASSUNTO(S)

psicanalise

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