O antioxidante quercetina diminui o estresse oxidativo hepático em ratos diabéticos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Introdução: O diabetes mellitus (DM) é uma doença que apresenta elevada incidência e prevalência na população em diversas partes do mundo, e, estudos experimentais e clínicos, sugerem que o estresse oxidativo esteja envolvido na patogênese e na progressão da mesma. Objetivo: Este estudo tem como objetivo investigar os efeitos do antioxidante quercetina administrado intraperitonealmente sobre o estresse oxidativo, a ativação do fator de transcrição nuclear kappa B (NF-kB) e expressão da óxido nítrico sintase induzível (iNOS) hepática no modelo experimental de DM tipo I. Material e métodos: Foram utilizados 32 ratos machos Wistar, divididos em quatro grupos de oito animais: controle, controle que receberam a quercetina, diabéticos não tratados e diabéticos tratados com quercetina. A dose utilizada da quercetina foi de 50 mg/Kg de peso corporal diariamente. O DM foi induzido por única injeção intraperitoneal de estreptozotocina (70 mg/kg). Após oito semanas (60 dias), foi avaliado os marcadores do estresse oxidativo hepático através das substâncias que reagem ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), e a quimiluminescência (QL). A atividade hepática das enzimas antioxidantes catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GPx), bem como a ativação do NF-kB pelo método (Electrophoretic Mobility Shift Assay – EMSA) foram mensurados. Também foram avaliados a expressão das quinases dos inibidores do NF-kB (IKK-a e IKK-b), bem como os inibidores (IkB-a e IkB-b) e a iNOS hepática pela técnica do Wersten blot. Resultados: A concentração da glicose sangüínea aumentou significativamente nos animais diabéticos e não diminuiu após a administração da quercetina. No tecido hepático dos animais diabéticos aumentou o TBARS, a QL, a atividade da SOD e da CAT, e no grupo diabético que recebeu a quercetina os valores diminuíram. O DM aumentou a ativação do NF-kB, os níveis do IKK-a e da iNOS, e diminuiu o IkB-a. Todos os valores foram atenuados quando administrado a quercetina, somente a atividade da GPx, do IKK-b e IkB-b não apresentou diferença entre os grupos estudados. Conclusão: A quercetina inibiu o estresse oxidativo hepático, a ativação do NF-kB e a expressão da iNOS. O tratamento com o antioxidante quercetina parece inibir as vias sinalizadoras de transdução, podendo interferir na produção dos mediadores nóxios envolvidos no modelo experimental de DM.

ASSUNTO(S)

diabetes mellitus diabetes mellitus quercetin quercetina estresse oxidativo oxidative stress liver fígado

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