O anestesiologista está efetivamente preparado para perda da via aérea ou da função respiratória? Um estudo de corte transversal em hospital terciário

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-02

RESUMO

Objetivo Identificar a realização de procedimentos altamente recomendados para assegurar a via aérea de pacientes submetidos a anestesia, previstos no manual de segurança anestésica da Organização Mundial da Saúde. Métodos Realizou-se um estudo prospectivo do tipo transversal observacional, envolvendo 87 pacientes com idade entre 18 e 60 anos, ASA 1 e 2 de acordo com a classificação do Estado Físico pela Sociedade Americana de Anestesiologia. Variáveis estudadas: realização do teste de Mallampati, disponibilidade de material para intubação orotraqueal, confirmação do posicionamento do tubo endotraqueal, monitoração da ventilação do paciente e confirmação do jejum. Calculou-se a Razão de Prevalência (RP) e o seu Intervalo de Confiança a 95% (IC 95%) como medida do risco relativo. Adotou-se o nível de significância de 5%. Resultados Em 87,4% dos pacientes a via aérea não foi avaliada pelo teste de Mallampati e 51,7% não tiveram seus jejuns pré-operatórios confirmados, e em 29,1% das anestesias não se verificou a disponibilidade de material para intubação orotraqueal. Todos os casos em que não ocorreu esta verificação o paciente foi submetido à anestesia regional, com diferença significativa entre os grupos (p = 0.00). 95,8% dos pacientes tiveram a intubação orotraqueal confirmada pela capnografia e 68% tiveram esta confirmação realizada pela ausculta. Conclusão Medidas consideradas essenciais para a segurança do paciente durante a cirurgia ainda são negligenciadas.

ASSUNTO(S)

anestesia segurança manuseio de vias aéreas

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