Nossa Senhora do Aterro : Florianópolis a partir das crônicas ligeiras de Beto Stodieck (1971-1980)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Temos aqui um estudo de caso onde se exercita, dentro do partido teórico-metodológico da história cultural do urbano, a aplicação do conceito ‘trajetória social’ aos estudos históricos, Visa estabelecer as condições que possibilitaram ao jornalista Beto Stodieck assumir a condição de porta-voz de uma parcela dos jovens da elite florianopolitana, cuja posição apoiava-se principalmente no capital cultural e social – acesso à educação, à cultura erudita e nas redes de relações sociais – herdados de família. Centrando a atenção num indivíduo e na formação do seu ‘ponto de vista’ - entendido como o universo das posições no interior do qual o agente estava situado e onde se definiu sua ação – o registro das transformações morfológicas e culturais, conforme foram registradas nas crônicas diárias, ajudou a buscar a cidade real através das representações formuladas por Beto Stodieck. A análise dos escritos e das práticas sociais ali retratadas apontou que o alcance da coluna social desse jornalista, tratada aqui como um conjunto de crônicas sociais ligeiras, foi resultado de três características fundamentais: o estilo do escritor; a capilaridade e importância social do veículo (principalmente o jornal O Estado); e a multiplicidade de temas ligados ao cotidiano de leitores das mais diversas posições sociais.

ASSUNTO(S)

stodieck, beto, 1946-1990, sérgio roberto leite social trajectory história e jornalismo o estado (jornal) crônica chronicles história cultural florianópolis (sc) gossip columns seventies práticas sociais trajetoria social colunismo social

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