Níveis de mal/bem-estar docente, de autoimagem e autoestima e de autorrealização de docentes em uma escola tradicional de Porto Alegre

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

08/09/2011

RESUMO

A presente pesquisa buscou analisar as possíveis influencias que o mal/bem-estar docente pode provocar no fazer docente, através da coleta de respostas de docentes de uma escola tradicional de Porto Alegre, após o preenchimento de Questionários de Mal-estar Docente, de Autoimagem e autoestima e de Autorrealização. No Referencial teórico são elencados elementos das possíveis causas e consequências do mal-estar docente, hoje mais comum nas instituições de ensino, e as formas de revertê-lo em bem-estar docente. Sabe-se que ser professor, na atualidade, não é tarefa fácil, mas também é, antes de tudo, estar bem preparado para trabalhar com a diversidade, isto é, desde a formação até constantes atualizações. A pesquisa, que é quanti-qualitativa, coletou respostas de 25 docentes, de Educação Infantil ao Ensino Médio, com idades entre 26 e 58 anos, em questionários quantitativamente analisados com Estatística Descritiva e Inferencial, utilizando para a qualitativa a técnica de Análise de Conteúdo de Bardin. Através das respostas fica possível evidenciar que existe um grande nível de estresse entre os professores, que consideram como as principais fontes de pressão: o relacionamento com familiares de alunos; falta de respaldo dos cuidadores; falta de recursos materiais na escola; indisciplina discente; burocracias escolares e trabalhos além da carga horária, acabando por interferir na vida pessoal; insatisfação com salário; avaliações sistemáticas dos alunos; desvalorização da docência; dificuldade em atender alunos com necessidades educacionais especiais. Para diminuir este estresse procuram: relações positivas com seus alunos; apoio de colegas docentes e pelo sindicato; clareza quanto a seu papel docente; duração das férias escolares; poder planejar com antecedência atividades, a fim de tornar seu trabalho mais interessante; administrar bem seus tempos e reconhecer suas próprias limitações; recorrer a hobbys e passatempos; poder desabafar com seus familiares/colegas. O estudo também constatou níveis considerados como mais positivos de autoimagem e autoestima entre os docentes, e na análise do Questionário de Autorrealização observou-se um índice de maiores necessidades físicas, sendo a de menor índice as necessidades de relacionamento. Nos comentários finais ressalta-se o elevado nível de estresse entre os pesquisados, apesar de tendência a níveis positivos de autoimagem e autoestima, existindo também outras necessidades a serem satisfeitas, para chegarem a uma melhor autorrealização, considerando-se a importância de adotar ações que contribuam à melhoria da saúde docente, tanto por parte das instituições de ensino quanto da sociedade, proporcionando apoio, acolhimento, desenvolvendo relações baseadas no afeto e bem-estar

ASSUNTO(S)

educaÇÃo professores - atuaÇÃo profissional professores - aspectos psicolÓgicos educacao

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