Bem-estar docente: um estudo em escolas públicas de Porto Alegre

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

10/01/2012

RESUMO

A presente dissertação, aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da PUCRS, sob registro CEP 11/05397, teve como objetivo analisar os níveis de autoimagem/autoestima, autorrealização e mal/bem-estar, e identificar e analisar os indicadores de bem-estar apresentados por docentes de escolas estaduais de Porto Alegre (RS), bem como propor elementos que possam contribuir para a diminuição do mal-estar e a promoção do bem-estar docente. Para tanto, foi utilizada uma abordagem metodológica quanti-qualitativa, por meio de respostas a questionários e entrevista semiestruturada. Para a parte quantitativa foram utilizados três questionários: Questionário de Autoimagem e Autoestima (STOBÄUS, 1983), Questionário de Autorrealização Baseado na Teoria de Abraham Maslow e Instrumento para Avaliação das Variáveis que Constituem Indicadores do Bem/Mal-Estar Docente (JESUS, 1998). Para a parte qualitativa foi utilizada uma entrevista semiestruturada (STOBÄUS; MOSQUERA; 2009) como complementar a parte quantitativa, sendo trabalhada com base na Análise de Conteúdo proposta por Bardin (2010). O Referencial Teórico está fundamentado, basicamente, nos estudos de Esteve (1994; 1999), Jesus (1996; 1998; 2001a; 2001b; 2002; 2004; 2007), Maslow (1991), Mosquera (1978; 1987), Mosquera e Stobäus (1996; 2006; 2008) e Stobäus (1983). Nesta pesquisa foi possível verificar que, com relação aos níveis de autoimagem e autoestima, os professores pesquisados na Escola A e os professores pesquisados na Escola C apresentam níveis mais positivos, enquanto que os professores pesquisados na Escola B apresentam uma equivalência entre níveis mais altos (positivos) e mais baixos (negativos); no total, os professores pesquisados apresentam níveis mais positivos do que negativos. No que se refere aos níveis de autorrealização, os professores pesquisados na Escola A apresentam níveis menos satisfeitos nas necessidades físicas e de autorrealização, e níveis mais satisfeitos nas necessidades de respeito e de relacionamento; os professores pesquisados na Escola B apresentam níveis menos satisfeitos nas necessidades físicas e de segurança, e níveis mais satisfeitos nas necessidades de relacionamento e de respeito; os professores pesquisados na Escola C apresentam níveis menos satisfeitos nas necessidades físicas e de segurança, e níveis mais satisfeitos nas necessidades de respeito e de relacionamento; no total, os professores pesquisados apresentam níveis menos satisfeitos nas necessidades físicas e de autorrealização, e níveis mais satisfeitos nas necessidades de respeito e de relacionamento. Com relação aos níveis de mal/bem-estar docente, os professores pesquisados na Escola A apresentam uma equivalência entre níveis de mal-estar e de bem- estar, enquanto que os professores pesquisados na Escola B e os professores pesquisados na Escola C apresentam mais níveis de mal-estar do que de bem-estar; no total, os professores pesquisados também apresentam níveis de mal-estar mais elevados. Após análise dos dados obtidos pelo Instrumento de Bem/Mal-Estar Docente foi realizada uma Oficina Psicopedagógica visando a minimização do mal-estar. Também foi possível identificar e analisar alguns indicadores de bem-estar docente, os quais foram encaixados nas seguintes categorias: Realização profissional/Prazer; Contribuição social/Formação; Reconhecimento/Valorização; Relações intra e interpessoais/Afetividade; e Qualificação. Neste estudo, foi constatado que, para que se possa prevenir e diminuir o mal-estar e promover o bem-estar docente, algumas medidas de intervenção devem ser tomadas por parte de alguns setores responsáveis pela educação, como o Estado, a família e a gestão pedagógica. Ademais, o próprio educador pode e deve investir em alguns elementos que podem contribuir para sua satisfação e realização pessoal e profissional, como o autoconceito, a autoimagem, a autoestima, a autorrealização, o bem-estar, a afetividade, o coping e a resiliência.

ASSUNTO(S)

educaÇÃo bem-estar pessoal professores - atuaÇÃo profissional satisfaÇÃo no trabalho afetividade resiliÊncia (traÇo de personalidade) educacao

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