Níveis de farelo de girassol e adição de complexo enzimático em rações para suínos e aves / Levels of sunflower meal and enzymatic complex addition in diets for pigs and poultry

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/07/2011

RESUMO

Foram realizados três experimentos nos setores de Avicultura e Suinocultura do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa a fim de avaliar a inclusão de níveis crescentes de farelo de girassol (FG) e de um complexo enzimático (CE) nas rações de frangos de corte, de galinhas poedeiras e de suínos. Foram avaliados os desempenhos dos animais, os parâmetros de carcaça, os componentes do ovo e a viabilidade econômica. No primeiro experimento foram utilizados 1920 pintos de corte machos, da linhagem Cobb, de 21 a 42 dias de idade, distribuídos em um delineamento experimental em blocos casualizados, num esquema fatorial 4 x 3 (quatro níveis de FG em três grupos de rações), com oito repetições, onde, cada box contendo 20 aves foi considerado a unidade experimental. Os níveis de inclusão do FG foram de 0, 8, 16 e 24%, utilizados em três rações distintas. As primeiras eram calculadas de forma a atender todas as exigências nutricionais das aves, excetuando os nutrientes que seriam disponibilizados pela matriz nutricional do CE, considerado o controle negativo (CN). A segunda ração foi calculada da mesma maneira que a primeira, porém com a adição de 0,005% do CE (CN+CE). A última ração foi calculada para atender todas as exigências dos animais, sendo designada o controle positivo (CP). A adição do CE nas rações de frangos de corte não afetou os parâmetros de consumo de ração, ganho de peso, conversão alimentar e os parâmetros de carcaça (P>0,05). O aumento dos níveis de FG na ração pioraram os parâmetros de ganho de peso e conversão alimentar (P<0,05). Nos demais experimentos foi utilizado esquema fatorial 4 x 2 (quatro níveis de FG com ou sem inclusão do CE). Os níveis de inclusão do FG foram 0, 8, 16 e 24%, em rações calculadas de forma a atender todas as exigências nutricionais das aves, excetuando os nutrientes que seriam disponibilizados pela matriz nutricional do complexo enzimático, com ou sem a utilização do CE. No segundo experimento foi realizado um ensaio com 384 aves Hy Line Brown, distribuídas em delineamento de blocos casualizados, com 8 repetições e 6 aves por repetição. Não houve interação entre a adição do CE e os níveis de FG na ração (P>0,05). A adição do CE nas rações de galinhas poedeiras não afetou os parâmetros produtivos e de componentes dos ovos (P>0,05). O aumento dos níveis de FG na ração apresentou efeito quadrático sobre a postura e a conversão por dúzia de ovos (P<0,05), com pontos ideais de inclusão do FG de 6,72% e 5,83% respectivamente para cada parâmetro. No terceiro experimento foram utilizados 96 suínos, machos castrados e fêmeas, distribuídos em delineamento de blocos casualizados, com 6 repetições e 2 animais por repetição. Não houve interação entre a adição do CE e os níveis de FG na ração (P>0,05). A adição do CE nas rações dos suínos afetou os parâmetros produtivos (P>0,05), mas não os de carcaça (P<0,05). A conversão alimentar dos animais dos 30 aos 70kg de peso foi melhorada pela inclusão do CE (P>0,05). O aumento dos níveis de FG na ração apresentou efeito quadrático sobre o ganho de peso dos animais dos 70 aos 100kg e sobre a espessura de toucinho (P<0,05), com pontos de inclusão do FG que propiciaram valores máximos destes parâmetros de 7,26% e 8,16% respectivamente. O FG prejudica o desempenho de frangos de corte, e pode ser utilizado até o nível de 6,72% para poedeiras comerciais e 7,26% para suínos em crescimento.

ASSUNTO(S)

creatinine creatinina bovinos exigências nutricao e alimentacao animal cattle requirements

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