Neuronal nitric oxide synthase deficiency increases mortality and worsens cardiac remodeling post-myocardial infarction: role of the nitroso-redox equilibrium. / DEFICIÊNCIA DA ÓXIDO NÍTRICO SINTASE NEURONAL ELEVA MORTALIDADE E ACENTUA O REMODELAMENTO CARDÍACO APÓS INFARTO DO MIOCÁRDIO: PAPEL DO EQUILÍBRIO ENTRE O ESTRESSE NITROSATIVO E OXIDATIVO

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Fundamentos: A óxido nítrico sintetase neuronal (NOS1) é importante na regulação do acoplamento excitação-contração e exerce papel anti-oxidante que mantém o equilíbrio entre a produção de NO e superóxido. Neste estudo foi testado o efeito da ausência do funcionamento normal da NOS1 sobre o infarto do miocárdio (IM). Métodos: Infarto do miocárdio foi provocado cirurgicamente em camundongos selvagens (S; C57bl/6) e deficientes de NOS1 (NOS1-/-). A evolução do pós-operatório foi acompanhada para se determinar a sobrevida, as alterações da arquitetura ventricular (ecocardiografia e histologia), da função ventricular (ecocardiografia e por hemodinâmica invasiva), do estresse oxidativo (microtopografia fluorescente oxidativa, atividades da xantina oxidoredutase [XOR] e da NADPH oxidase), da produção de NO, e da expressão protéica e gênica da XOR, das subunidades da NADPH oxidase, e da NOS endotelial (NOS3). Resultados: A mortalidade ao final de 60 dias foi maior no grupo NOS1-/- (risco relativo 2,06; P=0,036). Após o IM, o grupo NOS1-/-apresentou pior função ventricular com menor fração de encurtamento ao eco (19,7 1,5% vs 27,2 1,5% nos S, P<0,05), e pior remodelamento cardíaco com maior diâmetro do VE ao final da diástole (5,5 0,2 vs 4,9 0,1 mm nos S, P<0,05) e da sístole (4,4 0,2 vs 3,6 0,1 mm), e maior hipertrofia cardíaca (diâmetro transverso dos miócitos remanescentes = 14,9 0,5 vs 12,8 0,5 μm nos S, P<0,01), apesar do tamanho do IM ter sido semelhante tanto com 48 horas quanto com quatro semanas de infarto. A produção de superóxido aumentou em ambos os grupos após o IM, mas a produção de NO aumentou significativamente apenas no grupo S. A atividade da NADPH oxidase aumentou transitoriamente após o IM, de forma paralela à expressão de suas subunidades, e em grau semelhante em ambos os grupos Após o IM, a atividade da XOR manteve-se elevada nos animais NOS1-/- durante todo o período estudado, mas apenas agudamente no grupo S. A expressão da XOR aumentou significativamente na fase aguda (três dias após IM) e reduziu para níveis similares ao de animais pseudo-operados quatro semanas após o IM. O aumento na expressão protéica da NOS3 no pós-IM foi maior nos animais NOS1-/- que nos controles. Conclusões: Estes achados indicam que a NOS1 possui efeito protetor após o IM. A deficiência de NOS1 leva a desequilíbrio entre o estresse oxidativo e a produção de NO, o que pode ser o mecanismo dos efeitos adversos da deficiência de NOS1 em estados de injúria miocárdica.

ASSUNTO(S)

cardiologia 1. insuficiência cardíaca congestiva. 2. infarto do miocárdio. 3.estresse oxidativo. 4. Óxido nítrico. 5. camundongos.

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