Mutações BRAF em melanomas cutâneos: nenhuma correlação com fatores prognósticos e sobrevida global

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: Técnicas de biologia molecular permitem a identificação de marcadores moleculares como mutações dos genes BRAF e c-Kit em melanomas. Estudos de alterações genéticas em pacientes sul-americanos são escassos. OBJETIVOS: Identificar a incidência de mutações dos genes BRAF e c-Kit em melanomas cutâneos primários em uma série de pacientes brasileiros e avaliar as implicações patogenéticas e prognósticas dessas mutações, correlacionando-as com dados clínicos e histopatológicos. MATERIAL E MÉTODOS: Noventa e seis espécimes cirúrgicos de melanomas cutâneos e 15 metástases correspondentes foram analisados por meio da técnica TaqMan Real-Time polymerase chain reaction (PCR). RESULTADOS: Uma frequência relativamente baixa de mutações BRAF em melanomas cutâneos primarios (39%) e metastáticos (40%) em comparação com os dados da literatura e ausência de mutações c-Kit foi demonstrado. Mutações BRAF surgiram em um estágio inicial da progressão do melanoma e não foram envolvidas na transição de melanomas finos (< 1 mm) para grossos (> 1 mm). Essas mutações estavam presentes em pacientes mais jovens e se correlacionaram com o padrão de exposição solar dos pacientes estudados, mas não houve correlação com nenhum fator prognóstico histológico ou sobrevida global dos mesmos. CONCLUSÃO: A identificação de ambas as mutações (BRAF e c-Kit) não servem como indicadores de prognóstico na população brasileira. Além disso, a baixa frequência de mutações BRAF encontrada neste estudo nos faz questionar se essa mutação realmente tem papel-chave na patogênese do melanoma.

ASSUNTO(S)

proteínas proto-oncogênicas braf proteínas proto-oncogênicas c-kit melanoma maligno

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