Mulheres vivenciando a intergeracionalidade da violência conjugal

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Latino-Am. Enfermagem

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-10

RESUMO

Objetivo: analisar a relação familiar, na infância e adolescência, de mulheres que vivenciam violência conjugal.Método: estudo qualitativo. Foram entrevistadas 19 mulheres, em vivência de violência conjugal, residentes em uma comunidade de Salvador, Bahia, Brasil. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (nº 42/2011).Resultados: os dados foram organizados pelo método Discurso do Sujeito Coletivo, identificando-se as ideias centrais síntese: presenciaram violência entre os pais; sofreram repercussões da violência entre os pais; indignaram-se com a submissão da mãe ao companheiro; e reproduziram a violência conjugal. O discurso mostrou que as mulheres presenciaram, na infância e adolescência, violência entre os pais, sendo agredidas fisicamente e moralmente. Diante da submissão da mãe surgiram sentimentos de indignação dos filhos. No entanto, na fase adulta, perceberam que sua vida conjugal assemelha-se a dos pais, reproduzindo a violência.Conclusão: é necessário o investimento em estratégias de rompimento da violência intergeracional, e os profissionais de saúde têm importância neste processo, por ser um fenômeno com repercussão na saúde. Por atuarem na Estratégia Saúde da Família, que foca na prevenção de agravos e doenças, promoção da saúde e intersetorialidade, os enfermeiros são essenciais no processo de prevenção e enfrentamento deste fenômeno.

ASSUNTO(S)

conflito conjugal violência doméstica violência contra a mulher gastos em saúde relação entre gerações reprodução

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