"Mulher-raça": a reprodução da nação em Gabriela Mistral
AUTOR(ES)
Fiol-Matta, Licia
FONTE
Revista Estudos Feministas
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005-08
RESUMO
O artigo desmascara a posição pública assumida por Gabriela Mistral como defensora dos povos indígenas, argumentando que no âmbito privado sua posição foi absolutamente oposta a qualquer afirmação sexual pública não-normativa. A autora sugere três operações críticas para a leitura da obra de Mistral sobre o sujeito da "raça" latino-americana: a recusa da negritude (Mistral reage a ela com ansiedade, sexualização e patologização, ou seja, com atitudes brancas estereotipadas), a cumplicidade da linguagem da diversidade com as práticas do pensamento supremacista branco (evidenciada em sua correspondência) e o papel da queerness no nacionalismo racializado de Mistral (sua atitude queer acabou ajudando a aprimorar a heteronormatividade e o projeto racial latino-americanista).
ASSUNTO(S)
gabriela mistral queer normatividade sexual raça povos indígenas
Documentos Relacionados
- Escuela y acto didáctico en el pensamiento pedagógico de Gabriela Mistral: 1904-1925
- PALAVRAS DE UMA ÍNDIA VASCA: LEITURAS SOBRE O COMPROMISSO INTELECTUAL DE GABRIELA MISTRAL COM A GUERRA CIVIL ESPANHOLA
- As intelectuais Gabriela Mistral e Cecília Meireles nas bibliotecas infantis: traços da modernidade educacional no México e no Brasil
- Raça, nação e pátria: A espanholidade em movimento
- Raça e nação