"Morreu com as mãos sujas de graxa": um olhar fenomenológico existencial para a morte na prática do Plantão psicoeducativo
AUTOR(ES)
Rafael Ogalla Tinti
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006
RESUMO
A morte é um fenômeno inerente a todas as pessoas, contudo, entre as pessoas das camadas sociais de baixa renda, moradoras da periferia de São Paulo, ela está presente no cotidiano, como atestam estudos e noticiários de jornais. O objetivo desta pesquisa foi descrever e analisar, na perspectiva fenomenológica existencial heideggeriana, como a morte é percebida e, conseqüentemente, qual o sentido dessa morte que se desvela para essas pessoas que moram na periferia. Pretendeu-se, com o presente projeto, instaurar uma situação dialógica de escuta e acolhimento por meio de uma prática psicoeducativa, assim como subsidiar programas que atentem para essa população. O estudo caracterizou-se como um projeto intervenção, que, na escuta de solicitações emergentes, coletou os discursos ao longo de entrevistas realizadas durante o plantão psicoeducativo. O plantão foi aberto a toda a comunidade e não compreendeu nenhum direcionamento preestabelecido. De acordo com o método fenomenológico, a análise dos dados foi fundamentada pela proposta hermenêutica. Nesse sentido, a pesquisa teve como material de análise a descrição de um caso escolhido entre todos os encontros. Esse caso resultou em uma análise que apontou uma possibilidade de manifestação da morte em uma comunidade da periferia de São Paulo que se desvelou como: a) Uma possibilidade irremissível e ao mesmo tempo certa b) Contradição e ambigüidade. c) Desespero e abandono. d) Clamor para propriedade. e) Honra, dignidade e poesia. f) Pagamento de dívida
ASSUNTO(S)
morte em comunidade de baixa renda psicologia educacional fenomenologia práticas educativas não escolares morte -- aspectos sociais morte plantão psicoeducativo morte -- aspectos psicologicos
ACESSO AO ARTIGO
http://www.sapientia.pucsp.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2522Documentos Relacionados
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