Moringa oleifera: compostos bioativos e potencialidade nutricional

AUTOR(ES)
FONTE

Revista de Nutrição

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-08

RESUMO

O objetivo deste trabalho é fazer uma revisão sobre as propriedades nutricionais da planta Moringa oleifera, enfatizando seus principais constituintes e suas aplicações nutricionais para o homem e os animais. Moringa oleifera é uma planta que cresce em muitos países tropicais, possuindo inúmeros usos populares devido às suas aplicações nutricionais e farmacológicas. Na Ásia, suas folhas, flores e vagens são geralmente consumidas como vegetais. Todas as suas partes são fontes renováveis de compostos fenólicos, tocoferóis (γ e α), β-caroteno, vitamina C e proteínas totais, inclusive os aminoácidos essenciais sulfurados metionina e cisteína. Os conteúdos de proteínas e óleo nas sementes de Moringa oleifera são mais elevados que aqueles encontrados em legumes e em algumas variedades de soja, respectivamente. Ácidos graxos insaturados, principalmente o ácido oléico, carboidratos e minerais estão presentes nas sementes em quantidades razoáveis. No geral, a planta possui baixas concentrações de fatores antinutricionais, embora as sementes possuam glucosinolatos (65,5µmol/g), fitatos (41g/kg) e atividade hemaglutinante, enquanto as folhas têm apreciáveis quantidades de saponinas (80g/kg), além de fitatos (21g/kg) e taninos (12g/kg). Levando em consideração as excelentes propriedades nutricionais, a baixa toxicidade das sementes e a excelente habilidade da planta de se adaptar a solos pobres e a climas áridos, a Moringa oleifera pode ser uma alternativa ao consumo de sementes leguminosas, como fonte de proteínas de alta qualidade, de óleo e de compostos antioxidantes. Pode ser usada, ainda, como uma maneira de tratar água em áreas rurais onde recursos hídricos adequados não estão disponíveis.

ASSUNTO(S)

inibidores de proteases moringa oleifera valor nutritivo

Documentos Relacionados