Monitoramento terapêutico de tacrolimus em transplante de pâncreas no Hospital São Lucas

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-10

RESUMO

O tacrolimus (FK506), um potente imunossupressor utilizado na profilaxia e no tratamento de rejeições pós-transplante, exibe eficácia relacionada com sua concentração sangüínea e possui estreita janela terapêutica. Esses fatores requerem o freqüente monitoramento dos níveis sangüíneos em pacientes que fazem uso do fármaco, tendo como objetivo o ajuste de dose para uma concentração terapêutica ótima com efeitos colaterais mínimos. Este estudo retrospectivo foi realizado através do acesso à base de dados do Laboratório de Patologia Clínica do Hospital São Lucas, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), e teve por objetivo analisar o perfil das concentrações sanguíneas de tacrolimus em pacientes transplantados de pâncreas, no período de junho de 2002 a março de 2004. Os resultados mostram que as concentrações se encontravam, em sua maioria, em níveis subterapêuticos (39,1%) e tóxicos (43,4%). Considerando-se o período pós-transplante, níveis subterapêuticos foram mais freqüentes nos períodos de zero a três meses (51,1%) e de três a seis meses (41,9%) após o transplante, enquanto níveis tóxicos (63%) foram mais freqüentes após seis meses. Pacientes que receberam pâncreas/rim simultâneo apresentaram, de maneira geral, mais concentrações em níveis tóxicos; o mesmo não aconteceu em pacientes que receberam pâncreas isolado e pâncreas pós-rim. Os pacientes que receberam pâncreas isolado e pâncreas pós-rim tenderam a apresentar níveis subterapêuticos em todos os períodos pós-transplante considerados. Os resultados obtidos neste trabalho demonstram a importância do monitoramento terapêutico, uma vez que seus resultados orientam o ajuste das doses.

ASSUNTO(S)

tacrolimus imunossupressão pâncreas monitoramento terapêutico de fármacos transplante

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