Modelo experimental de reestenose intrastent em artérias coronárias de suínos: efeito do implante de stent sobredimensionado
AUTOR(ES)
Raudales, José Casco, Zago, Alcides J., Rodrigues, Paulo R. Centeno, Kosachenco, Beatriz G., Benetti, Joice C., Dallarosa, Diovana, Dreyer, Cristina, Ferst, Juliana G., Bortolini, Marco A., Ramos, Sandro P., Zago, Alexandre do Canto
FONTE
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
INTRODUÇÃO: Há múltiplos modelos experimentais em animais, entretanto o modelo suíno é o que apresenta características anatômicas e funcionais mais próximas às humanas. Assim sendo, este trabalho foi realizado com o objetivo de desenvolver e implementar um protocolo experimental de indução de hiperproliferação neointimal em suínos, visando à criação de técnicas de lesão vascular simulando a reestenose. MÉTODO: De agosto de 2006 a março de 2009, 69 suínos jovens da raça Large White foram submetidos a cinecoronariografia seguida de lesão vascular com implante de 102 stents sobredimensionados, guiados por ultrassom intracoronário. Em 28 dias foi realizado reestudo com nova cinecoronariografia e ultrassom intracoronário. RESULTADOS: O diâmetro luminal mínimo e a área luminal mínima imediatamente após o implante de stent no grupo stent sobredimensionado foram maiores em comparação ao grupo controle (3,5 ± 0,3 mm vs. 3 ± 0,2 mm, P < 0,0001 e 40,7 ± 0,3 mm² vs. 30,2 ± 0,2 mm², P < 0,0001). A taxa de reestenose binária no grupo submetido a implante de stent sobredimensionado foi de 92% (69/75 stents), enquanto no grupo controle foi de 12% (3/25 stents), com diferença estatisticamente significante (P < 0,0001). O volume de hiperplasia neointimal foi maior no grupo submetido a implante de stent sobredimensionado, em comparação ao grupo controle (5,9 ± 0,8 mm³/mm de stent vs. 1,8 ± 0,7 mm³/mm de stent; P < 0,0001). CONCLUSÃO: O modelo experimental proposto de indução de proliferação neointimal em suínos é eficaz na indução de hiperplasia intrastent, portanto pode ser utilizado tanto para o estudo dos mecanismos fisiopatológicos da reestenose intrastent quanto para aplicações terapêuticas, como testes de novos fármacos, novos dispositivos e novos stents farmacológicos para prevenção e tratamento da reestenose intrastent.
ASSUNTO(S)
angioplastia transluminal percutânea coronária modelos animais suíno reestenose coronária stents
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