Modelagem e simulaÃÃo da dose absorvida pela tirÃide devido à contaminaÃÃo por isÃtopos de iodo de meia-vida curta em acidentes nucleares / ModÃlisation et simulation de la dose absorbÃe à la thyroÃde à partir dâune contamination par des isotopes à vie courte de lâiode en cas dâaccidents nuclÃaires
AUTOR(ES)
LaÃlia Pumilla BotÃlho Campos
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005
RESUMO
Em casos de acidentes envolvendo centrais nucleares, isÃtopos radioativos de iodo sÃo liberados em grandes quantidades no meio-ambiente e, por sua alta volatilidade e mobilidade, a exposiÃÃo a esses radioisÃtopos demanda uma atenÃÃo especial em termos de radioproteÃÃo. De fato, a capacidade da tirÃide em concentrar o iodo faz deste ÃrgÃo um dos mais vulnerÃveis em acidentes dessa natureza. Para a populaÃÃo exposta, o modo de incorporaÃÃo de iodo à por inalaÃÃo nos primeiros dias apÃs um acidente nuclear, e por ingestÃo apenas a partir do 5 dia. Por outro lado, uma dosimetria retrospectiva em situaÃÃes envolvendo contaminaÃÃo interna acidental nÃo à uma tarefa fÃcil, devido geralmente à ausÃncia de informaÃÃes sobre as condiÃÃes de exposiÃÃo. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi o de avaliar a contribuiÃÃo para a dose absorvida pelos folÃculos tiroideanos e pela tirÃide como ÃrgÃo inteiro a partir da contaminaÃÃo interna pelos isÃtopos de iodo. O cÃlculo da dose absorvida foi realizado para o 131I e os isÃtopos de meia-vida curta (132I, 133I, 134I e 135I), com o auxÃlio do cÃdigo para transporte de partÃculas MCNP4C. Os folÃculos e a tirÃide foram modelados atravÃs de formas geomÃtricas bÃsicas e simulados usando a mesma densidade de tecido mole (ρ = 1,04 g.cm-3), auxiliados por dados experimentais com animais, que evidenciou a biodistribuiÃÃo de iodo na tirÃide, a partir de um protocolo sistemÃtico de contaminaÃÃo e retirada da tirÃide. Os resultados mostraram que, em casos de acidentes nucleares, as contribuiÃÃes dos iodos de meia-vida curta para a dose absorvida sÃo da ordem de 42% para a tirÃide como ÃrgÃo inteiro e de, aproximadamente, 70% a nÃvel folicular. Essas contribuiÃÃes nÃo podem ser, portanto, desprezadas, quando de uma avaliaÃÃo prospectiva dos riscos associados à contaminaÃÃo interna por iodo radioativo
ASSUNTO(S)
contaminaÃÃo por iodos de meia vida curta em humanos dose absorvida pela tirÃide modelagem e simulaÃÃo biodistribuiÃÃo dos iodos nÃvel celular dosimetria interna acidentes nucleares engenharia nuclear mÃtodo de monte carlos
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