Miniesternotomia e mini-incisão: experiência inicial do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia

AUTOR(ES)
FONTE

Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery

DATA DE PUBLICAÇÃO

2000-03

RESUMO

OBJETIVO: Como opção para abordagem cirúrgica do coração temos a miniesternotomia e a mini-incisão, sendo a última caracterizada por uma pequena abertura na pele com secção mediana total do esterno. O objetivo deste trabalho é avaliar estas duas opções de abordagem do coração quanto a viabilidade, reprodutividade e efeito estético final. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram realizadas miniesternotomias em "H" e em "L" e operações através de mini-incisão para tratamento de valvopatias (aórtica e mitral), cardiopatias congênitas (CIV e CIA) e revascularização do miocárdio. Analisamos 35 pacientes, sendo 10 (40%) submetidos a miniesternotomia e 25 (60%) a mini-incisão. A idade média foi de 23,4 anos (variando de 1,3 a 52 anos de idade) com predomínio do sexo feminino (54%). RESULTADOS: As operações realizadas foram: troca de valva aórtica em 9 (25,7%) pacientes (8 próteses biológicas e uma metálica); troca de valva mitral em 6 (17,1%) casos (em todos utilizou-se próteses biológicas) e uma plastia mitral (2,9%); 2 (5,8%) pacientes com troca mitro-aórtica; atrioseptoplastia em 13 (37,1%); ventriculoseptoplastia em 1 (2,9%); e 3 (8,5%) revascularizações do miocárdio sendo uma sem o auxílio de circulação extracorpórea. A abordagem cirúrgica foi feita por miniesternotomia em "H" em 7 (20%) casos em "L" em 3 (8,5%) e nos 25 casos restantes via mini-incisão. O tamanho das incisões variou de 7 a 14 cm, com média de 9,9 cm. CONCLUSÃO: Estas duas vias de acesso ao coração na operação cardíaca são perfeitamente viáveis e reprodutíveis, sem alteração no tempo cirúrgico, bem como no tempo de CEC, não acarretando portanto, maiores riscos ao paciente, apresentando efeito estético final melhor do que as esternotomias convencionais.

ASSUNTO(S)

esterno toracotomia

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