Mimosa scabrella BENTH. (FABACEAE) MELHORA A RESTAURAÇÃO EM ÁREAS DE MINERAÇÃO DE CARVÃO NA FLORESTA ATLÂNTICA

AUTOR(ES)
FONTE

CERNE

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-03

RESUMO

RESUMO Um Projeto Piloto de Recuperação (PPR) foi desenvolvido em 1982 pela Fundação do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina - Brasil, objetivando avaliar a adaptação de espécies arbóreas em áreas degradadas pela mineração de carvão. Após uma completa reconstituição topográfica da paisagem, além da carga de nutrientes e sementes de espécies herbáceas, a área foi dividida em 12 pontos onde foram plantadas mudas de 12 espécies de árvores: três espécies nativas [Bastardiopsis densiflora (Hook. & Arn.) Hassl., Mimosa scabrella Benth., Schizolobium parahyba (Vell.) Blake)] e nove espécies exóticas [Eucalyptus saligna Sm., E. viminalis Labill., C. citriodora Hook., Grevillea hilliana F.Muell., Hovenia dulcis Thunb., Melia azedarach L., Pinus elliottii Engelm., P. taeda L., Syzygium cumini (L.) Skeels]. Após 22 anos, as espécies exóticas apresentaram elevada taxa de sobrevivência em comparação com as espécies nativas; os pontos que receberem B. densiflora e S. parahyba foram cobertos apenas com espécies herbáceas associadas com alguns arbustos. Reciprocamente, os pontos que receberam mudas de M. scabrella demonstraram claras evidências no processo de restauração. O estudo conduzido em pontos que receberam M. scabrella indicaram uma melhoria na carga de nutrientes (N, K, matéria orgânica) no substrato, uma composição diversificada da cobertura arbórea (muito similar com os remanescentes próximos de Floresta Atlântica) e outras formas de vida, com proeminente estabelecimento de árvores nativas com predominância de espécies zoofílicas e zoocóricas. Algumas características de M. scabrella que podem explicar esta excepcional capacidade de melhorar a restauração da Floresta Atlântica também são discutidas ao longo desse artigo.

ASSUNTO(S)

biodiversidade floresta atlântica florística restauração ecológica

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