Migração de fagocitos em crianças com asma cronica sob uso de teofilina

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DATA DE PUBLICAÇÃO

1990

RESUMO

Estudamos 30 crianças portadoras de asma crônica, sendo 16 do sexo feminino e 14 do sexo masculino, 17 portadoras de infecções recorrentes do trato respiratório, cuja idade variou de 5 a 15 anos. Com o objetivo de identificar alguns fatores de risco com relevância na determinação da maior susceptibilidade às infecções nestes pacientes, bem como os possíveis efeitos inibitórios da teofilina sobre a migração dos fagócitos PMN e MON, fizemos o acompanhamento clínico destes doentes e instintuímos o seguinte protocolo de investigação: (A): constatado o diagnóstico de asma crônica, os pacientes passaram a usar somente teofilina na dose de 20mg/kg/dia, divididas em 4 doses durante 10 dias. Decorrido este prazõ, foram coletados os seguintes exames laboratoriais: hemogramai quimiotaxia de PMN e MONi dosagem sérica de imunoglobulinas, complemento, AMPc e teofilina. (B): após acompanhamento por uma equipe multidisciplinar, na medida que os pacientes apresentassem melhora clínica, a ponto de permanecer 7 dias sem receber qualquer medicação, colhemos os seguintes exames: hemograma, - quimiotaxia de PMN e MONi dosagem sérica de AMPc e teofilina. análise dos resultados, nos permitiu tirar as seguintes conclusões: (A): o perfil clínico dos pacientes aqui estudados, é semelhante ao obtido por RIBEIRO, (1987), em outro trabalho realizado neste mesmo servi~o. (B): os níveis séricos das frações C3 e C4, bem como a atividade CH50 do complemento em nossos doentes, estão dentro da normalidade. (C): os níveis séricos de IgM e IgE estão significativamente elevados quando comparados aos de crianças normais, os níveis de IgG e IgA estão dentro da normalidade, com exceção de um caso onde a IgA sérica estava H (D); o nível sérico médio de teofilina em nossos doentes é de 10,63 microgras/ml. (E): as migrações espontânea de PMN e estimulada de PMN e MON, na ausência do uso terapêutico de teofilina nas doses recomendadas, encontram-se diminuídas em relação aos controles. (F): a teofilina, provavelmente, exerce um efeito inibitório sobre a migração espontânea e estimulada dos PMN e MON, pois os baixos valores de migração encontrados na ausência do uso terapêutico da droga foram !- acentuados ainda mais, quando esta foi utilizada pelos pacientes. Tal efeito, aparentemente não dose dependente, parece se da, sobre as cél u I as. (G): durante o uso da teofilina, os níveis plasmáticos de AMPc encontram-se significativamente elevados. (H): não há correlação entre os níveis séricos de teofilina e os de AMPc, mostrando uma tendência biológica individual de resposta à droga. (1): não há correlação entre os níveis séricos de IgE e os valores da migração espontânea ou estimulada dos PMN e MON . (J): o comportamento dos parâmetros encontrados entre os grupos de pacientes portadores ou não de infecções recorrentes do trato respiratório, foi em todo semelhante neste trabalho, o que não nos permitiu identificar fatores de risco na maior susceptibilidade às infecções

ASSUNTO(S)

asma em crianças

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