Métodos in vitro para controle de qualidade de vacinas clostridiais
AUTOR(ES)
Eliane Macedo Sobrinho
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Baseado em questionamentos sobre variabilidade dos resultados de testes que envolvem animais e, sobretudo, por razões éticas, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar e padronizar o teste ELISA, para ser utilizado no controle de qualidade de vacinas contra enterotoxemia, em comparação ao teste de soro neutralização em camundongo. Utilizaram-se vacinas experimentais, as quais foram avaliadas por métodos in vivo, empregando-se o teste de soro neutralização em camundongo e in vitro, utilizando-se ELISA. Soros de coelhos e carneiros imunizados foram utilizados no desenvolvimento do trabalho. A titulação de antitoxina epsilon nos soros dos animais foi realizada, a partir de uma curva padrão, estabelecida previamente. Os reagentes utilizados foram devidamente padronizados para um valor de absorbância próximo de 1, numa faixa de 0 a 2 em comprimento de onda 492 nm. Os resultados obtidos apontaram para a ausência de correlação (R <1%), entre o ELISA e a soroneutralização em camundongos, para a titulação de antitoxina epsilon, presente em soro de coelhos imunizados com vacinas polivalentes e monovalentes contra Clostridium perfringens tipo D. O coeficiente de variação intraplaca variou de 1,87 a 4,35%, para as vacinas polivalentes e de 0,11 a 6,61%, para as vacinas monovalentes. Os valores dos coeficientes de variação interplaca foram também pouco expressivos, não atingindo 2%, indicando alta homogeneidade nos resultados. Utilizando-se soro de carneiro, obteve-se coeficiente de correlação maior que 99%, confirmando relatos da literatura de que há similaridade entre o ELISA e soroneutralização em camundongo. Os coeficientes de variação inter e intraplaca se mostraram relativamente baixos, com valores variando entre 1,35 e 9,691 e de 1,44 a 7,29, respectivamente. Baseado no exposto, conclui-se que a metodologia in vitro, ELISA, é apropriada e indicada para a avaliação de potência de vacinas clostridiais, apenas quando se utiliza a porcentagem de inibição para calcular o título de antitoxina epsilon, a fim de reduzir a discrepância de resultados. Dessa forma, pode ser utilizada pelas empresas produtoras de vacinas e órgãos regulatórios como uma alternativa ao teste de soroneutralização, para a determinação de potência de vacinas, após ser submetida a um processo de validação adequado.
ASSUNTO(S)
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/NCAP-8A8H63Documentos Relacionados
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