Metodologia diagnóstica e tratamento da recaída após transplante de medula óssea em paciente com leucemia promielocítica aguda
AUTOR(ES)
Pallotta, Ronald, Ramos, Estácio, Ribeiro, Mara R.
FONTE
Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2000-12
RESUMO
O transplante de medula óssea, que é um consagrado tratamento de várias doenças oncológicas, hematológicas e imunológicas, tem a recaída como um das principais causas de falha. As variáveis de seleção, condicionamento e de seguimento devem ser analisadas, pois influenciam de maneira fundamental tal falha. O diagnóstico precoce da recaída tem como pilar de sustentação a capacidade de detecção a doença residual mínima. A metodologia empregada, com a citometria de fluxo, citogénetica convencional, fluorescent in situ hybridization e com o polimerase chain reaction, permite uma detecção cada vez mais precoce deste clone residual que é responsável pela volta da doença de base. L.M.S.O, de 54 anos, teve o diagnóstico de leucemia promielocítica em 1997. Foi submetida a um transplante de medula óssea autogênico em 01/09/98 como terapêutica de consolidação. Dois anos após o transplante de medula óssea apresentou recaída molecular diagnosticada por RT PCR realizado sequencialmente. O uso de ácido all-trans-retinóico foi capaz de induzir a nova remissão molecular. O all-trans-retinóico, que tem um mecanismo de ação não bem estabelecido na indução da remissão completa na LMA M3, pode ser utilizado em recaídas. No caso apresentado o diagnóstico precoce a partir de um esquema de avaliação pós-transplante bem programado permitiu um bom resultado. Conclui-se que as variáveis de seleção, condicionamento e seguimento devem ser muito bem estudadas para planejar um acompanhamento adequado e prolongado após o transplante de medula óssea, permitindo cada vez mais melhores resultados com o procedimento.
ASSUNTO(S)
leucemia leucemia promielocítica transplante de medula óssea
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