Avaliação da alta precoce após transplante alogênico de medula óssea para leucemia mielóide crônica

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Medical Journal

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-05

RESUMO

CONTEXTO E OBJETIVO: O número crescente de pacientes com indicação de transplante de medula óssea levou à implantação da alta hospitalar precoce em nosso serviço, com o intuito de reduzir o intervalo entre o diagnóstico e o transplante. Neste trabalho, avaliamos os resultados da alta precoce, com acompanhamento ambulatorial dos pacientes submetidos ao transplante de medula óssea alogênico portadores de leucemia mielóide crônica. TIPO E ESTUDO E LOCAL: Estudo retrospectivo, realizado no Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. MÉTODOS: Foram avaliados os resultados do transplante de medula óssea alogênico, de doadores aparentados, até o dia 100 pós-transplante, de 51 pacientes portadores de leucemia mielóide crônica que receberam alta precoce, antes da pega medular. Os resultados foram comparados com o controle histórico constituído por 49 pacientes que receberam alta somente após a pega medular. RESULTADOS: Houve significativamente menos dias de hospitalização (p = 0,004), culturas positivas para Pseudomonas sp. (p = 0,006) e náusea e vômitos graus 2-3 (p < 0,001) no grupo de alta precoce. Não houve diferença significativa entre os grupos quanto à mortalidade e não ocorreu nenhum óbito até o dia 48 pós-transplante no grupo de alta precoce. CONCLUSÕES: O programa de alta precoce permitiu aumento do número de transplantes em leucemia mielóide crônica e outras doenças em nosso serviço, com redução do número de dias de internação hospitalar sem aumento da morbidade ou da mortalidade.

ASSUNTO(S)

leucemia mielóide crônica transplante de medula óssea estudos retrospectivos assistência ambulatorial tempo de internação

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