METÁSTASES GÁSTRICAS DE CÂNCER DE MAMA: QUANDO A GASTRECTOMIA ESTÁ INDICADA?

AUTOR(ES)
FONTE

ABCD, arq. bras. cir. dig.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-06

RESUMO

RESUMO Racional: A neoplasia de mama é o tumor maligno mais comum na população feminina tendo o trato gastrointestinal, e mais especificamente o estômago, como local incomum para metástases. Objetivo: Analisar uma série de casos com esse tumor e propor medidas que possam diagnosticá-lo com maior precocidade. Métodos: Foram analisados retrospectivamente 12 pacientes com diagnóstico de neoplasia gástrica secundária a câncer de mama, confirmado por biópsia e imunoistoquímica. Foram analisados idade do diagnóstico, tipo histológico do tumor primário, intervalo de tempo entre o diagnóstico do tumor e a metástase, tratamento e sobrevida. Resultados: A idade média foi de 71,3 anos (40-86 anos). Em média, o diagnóstico da metástase gástrica foi de sete anos após o diagnóstico da lesão primaria (0-13 anos). Nove casos tiveram metástases em outros órgãos, sendo os ossos os locais mais acometidos. Evidenciou-se positividade de anticorpo CK7 em 90,9% casos, receptor de estrógeno em 91,67%, receptor de progesterona em 66,67% e BRST2 em 41,67%. A ausência de CK20 foi de 88,89%. Oito casos foram tratados com quimioterapia associada ou não ao bloqueio hormonal e em quatro foi indicada ressecção cirúrgica sendo em três gastrectomia total e em um caso gastrectomia subtotal. A sobrevida média foi de 14,58 meses. Conclusões: Em doentes com história prévia de câncer de mama apresentando diagnóstico endoscópico de neoplasia gástrica, é necessário considerar a possibilidade de metástase. A confirmação é feita por estudo imunoistoquímico e a gastrectomia deve ser orientada diante da ausência de outros locais de acometimento secundário e controle da lesão primária.

ASSUNTO(S)

neoplasias da mama metástase neoplásica estômago quimioterapia gastrectomia

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