Metaconhecimento e ceticismo de segunda ordem

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Este ensaio trata do metaconhecimento, ou do saber que sabe. Mais especificamente, ele trata do metaconhecimento de proposições contingentes sobre o mundo exterior, embora possa ser aplicado sem problemas a outras classes de proposições contingentes (sobre o passado, outras mentes, etc.). Partindo de uma pressuposição falibilista, internalista em justificação e de uma análise tradicional do conhecimento acrescida da teoria dos derrotadores, o problema investigado é o de se as pessoas comuns realmente têm (e como) o metaconhecimento daquelas proposições, como nos parece que têm. Para isto, será necessário, ainda, pressupor que o ceticismo de primeira ordem é falso; do contrário, o metaconhecimento seria trivialmente impossível. Ao examinar vários modos supostamente suficientes de se obter metaconhecimento alguns dos quais, usualmente oferecidos pelos seus defensores -, vamos mostrar que são todos problemáticos, errados ou duvidosos. Não vamos, contudo, provar que o metaconhecimento é impossível ou não existe. Por conta disto, a tese proposta será a de um ceticismo de segunda ordem pirrônico, ou seja, vamos propor em estado de aporia ou perplexidade - a suspensão de juízo sobre a possibilidade e existência do metaconhecimento, assim como a necessidade de continuar a investigação.

ASSUNTO(S)

filosofia pirronismo conhecimento cepticismo (filosofia) filosofia

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