Membrana amniótica no tratamento dos afinamentos corneais e esclerais

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Oftalmologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-01

RESUMO

OBJETIVO: Investigar a utilização da membrana amniótica como adjuvante no tratamento e restabelecimento de espessura dos afinamentos córneo-esclerais e epitelização corneal. MÉTODOS: A membrana amniótica foi captada a partir de parto cesáreo e conservada em meio de preservação de córnea e glicerol 1:1 e conservada a -80ºC. Sete olhos de 7 pacientes, sendo 4 portadores de afinamento corneal por afecções neurotróficas (Grupo 1: 2 herpes simples vírus; 1 após transplante de córnea; 1 por radioterapia) e 3 portadores de afinamento escleral após exérese de pterígio (Grupo 2: 2 com beta-terapia e 1 sem beta-terapia) foram submetidos à cirurgia para restabelecimento da superfície ocular e espessura córneo-escleral empregando membrana amniótica. RESULTADOS: O tempo médio de seguimento foi de 12 meses (variação entre 11 meses e 15 meses). Um caso de úlcera neurotrófica secundária a radioterapia apresentou insucesso. Obtivemos sucesso do restabelecimento da superfície ocular e da espessura nos outros 6 casos. Em relação à acuidade visual, 1 caso obteve melhora e os outros 6 permaneceram inalterados. A média de tempo de epitelização foi de 26,6 ± 5,8 dias para o grupo 1 e 10,6 ± 4,0 dias para o grupo 2. CONCLUSÕES: O uso de membrana amniótica constitui opção alternativa de grande utilidade na reconstrução da superfície ocular dos casos de afinamento córneo-escleral. Estudos com maior casuística e tempo de seguimento são necessários para melhor avaliar esse procedimento.

ASSUNTO(S)

Âmnio transplante de tecido fetal preservação de tecido transplante homólogo córnea córnea conjuntiva esclera epitélio da córnea seguimentos

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