Melatonina protege o fígado e eritrócitos do estresse oxidativo em ratos cirróticos

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Gastroenterologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-03

RESUMO

CONTEXTO: A cirrose é uma hepatopatia crônica e progressiva que constitui estágio irreversível de disfunção hepática. É associada a alterações na circulação sistêmica. OBJETIVOS: Avaliar o estresse oxidativo no sangue de ratos cirróticos e tratados com antioxidante melatonina. MÉTODOS: A cirrose foi induzida através da inalação de tetracloreto de carbono. Foram avaliadas as provas de integridade hepática através das medidas das enzimas séricas, o dano oxidativo medido pela lipoperoxidação e a atividade das enzimas antioxidantes no eritrócito. No fígado desses animais, foram avaliados a lipoperoxidação, os nitratos totais, colágeno e histologia através de picrosíruis. Os animais (n = 15) foram divididos em três grupos experimentais: controle, tetracloreto de carbono e tetracloreto de carbono + melatonina. A melatonina foi administrada por via intraperitonial após a 10ª semana de inalação na concentração de 20 mg/kg. Com o objetivo de abreviar o tempo de indução, foi administrado para todos animais, fenobarbital na água de beber na concentração de 0,3 g/L. RESULTADOS: Observou-se redução significativa nas provas de integridade hepática nos animais tratados com melatonina, em relação aos animais cirróticos. Nos eritrócitos e fígados dos ratos, foi observado aumento significativo da lipoperoxidação nos ratos cirróticos em comparação com os controles, através da medida das substâncias que reagem ao ácido tiobarbitúrico, e redução nos animais tratados com melatonina. No sangue, observou-se diminuição dos valores das enzimas superóxido dismutase e glutationa peroxidase do grupo cirrótico em comparação ao grupo controle, elevando a atividade da superóxido dismutase quando administrada melatonina. Na avaliação dos nitratos totais, no tecido hepático, observou-se redução dos valores nos animais do grupo tetracloreto de carbono em comparação ao grupo CO e um aumento desses valores nos ratos do grupo tratado com melatonina. Na medida do colágeno hepático, encontrou-se aumento significativo do grupo tetracloreto de carbono em relação ao controle e regressão desses valores no grupo tratado. Através da histologia, os ratos do grupo tetracloreto de carbono apresentaram presença de fibrose e formação de nódulos fibróticos, caracterizando a cirrose hepática; após o tratamento com a melatonina, houve redução dos nódulos e da fibrose. CONCLUSÃO: Com esses dados, pode-se sugerir que a análise do estresse oxidativo no sangue está relacionado ao dano hepático causado pelo tetracloreto de carbono e que o uso de melatonina pode minimizar esses danos

ASSUNTO(S)

estresse oxidativo cirrose hepática experimental melatonina eritrócitos tetracloreto de carbono ratos

Documentos Relacionados