Melatonina protege o fígado e eritrócitos do estresse oxidativo em ratos cirróticos
AUTOR(ES)
Rosa, Darlan Pase da, Bona, Silvia, Simonetto, Douglas, Zettler, Claudio, Marroni, Cláudio Augusto, Marroni, Norma Possa
FONTE
Arquivos de Gastroenterologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-03
RESUMO
CONTEXTO: A cirrose é uma hepatopatia crônica e progressiva que constitui estágio irreversível de disfunção hepática. É associada a alterações na circulação sistêmica. OBJETIVOS: Avaliar o estresse oxidativo no sangue de ratos cirróticos e tratados com antioxidante melatonina. MÉTODOS: A cirrose foi induzida através da inalação de tetracloreto de carbono. Foram avaliadas as provas de integridade hepática através das medidas das enzimas séricas, o dano oxidativo medido pela lipoperoxidação e a atividade das enzimas antioxidantes no eritrócito. No fígado desses animais, foram avaliados a lipoperoxidação, os nitratos totais, colágeno e histologia através de picrosíruis. Os animais (n = 15) foram divididos em três grupos experimentais: controle, tetracloreto de carbono e tetracloreto de carbono + melatonina. A melatonina foi administrada por via intraperitonial após a 10ª semana de inalação na concentração de 20 mg/kg. Com o objetivo de abreviar o tempo de indução, foi administrado para todos animais, fenobarbital na água de beber na concentração de 0,3 g/L. RESULTADOS: Observou-se redução significativa nas provas de integridade hepática nos animais tratados com melatonina, em relação aos animais cirróticos. Nos eritrócitos e fígados dos ratos, foi observado aumento significativo da lipoperoxidação nos ratos cirróticos em comparação com os controles, através da medida das substâncias que reagem ao ácido tiobarbitúrico, e redução nos animais tratados com melatonina. No sangue, observou-se diminuição dos valores das enzimas superóxido dismutase e glutationa peroxidase do grupo cirrótico em comparação ao grupo controle, elevando a atividade da superóxido dismutase quando administrada melatonina. Na avaliação dos nitratos totais, no tecido hepático, observou-se redução dos valores nos animais do grupo tetracloreto de carbono em comparação ao grupo CO e um aumento desses valores nos ratos do grupo tratado com melatonina. Na medida do colágeno hepático, encontrou-se aumento significativo do grupo tetracloreto de carbono em relação ao controle e regressão desses valores no grupo tratado. Através da histologia, os ratos do grupo tetracloreto de carbono apresentaram presença de fibrose e formação de nódulos fibróticos, caracterizando a cirrose hepática; após o tratamento com a melatonina, houve redução dos nódulos e da fibrose. CONCLUSÃO: Com esses dados, pode-se sugerir que a análise do estresse oxidativo no sangue está relacionado ao dano hepático causado pelo tetracloreto de carbono e que o uso de melatonina pode minimizar esses danos
ASSUNTO(S)
estresse oxidativo cirrose hepática experimental melatonina eritrócitos tetracloreto de carbono ratos
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