Medição do desenvolvimento na primeira infância no Brasil: validação dosInstrumentos sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância Relatado por Cuidadores(CREDI)

AUTOR(ES)
FONTE

J. Pediatr. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-02

RESUMO

Resumo Objetivo O presente estudo visa analisar as propriedades psicométricas e a validade geral do formulário curto dos Instrumentos sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância Relatado por Cuidados (CREDI) para avaliação em nível populacional do desenvolvimento na primeira infância de crianças brasileiras com menos de três anos. Método O estudo analisou a aceitabilidade, a confiabilidade teste-reteste, a consistência interna e a validade discriminante da ferramenta CREDI. O estudo também analisou a validade concorrente do CREDI com uma medida observacional direta (Projeto Regional sobre os Indicadores de Desenvolvimento na Infância do Banco Interamericano de Desenvolvimento; PRIDI). A amostra total inclui 1.265 cuidadores brasileiros de crianças de 0 a 35 meses (678 em uma amostra presencial e 587 em uma amostra on-line). Resultados Os resultados das entrevistas qualitativas sugerem altas taxas gerais de aceitabilidade. A maior parte dos itens mostrou confiabilidade teste-reteste adequada, com concordância média de 84%. O coeficiente alfa de Cronbach sugeriu consistência interna/confiabilidade entre itens (α > 0,80) para o CREDI em cada uma das seis faixas etárias (0-5 α = 6-11, 12-17, 18-23, 24-29 e 30-35 meses de idade). As análises multivariadas da validade do constructo mostraram que uma proporção significativa da variação nas pontuações do CREDI pode ser explicada pelo sexo da criança e pelas características familiares, mais importante o estímulo cognitivo em casa relatado pelo cuidador (p < 0,0001). Com relação à validade concorrente, as pontuações do CREDI foram significativamente correlacionadas às pontuações gerais do PRIDI na amostra presencial em r = 0,46 (p < 0,001). Conclusões Os resultados sugerem que o formulário curto CREDI é uma medida válida, confiável e aceitável de desenvolvimento na primeira infância para crianças com menos de três anos no Brasil.

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