Mecanismos opióides centrais envolvidos no efeito protetor da testosterona no desenvolvimento da dor da ATM em ratos / Central mu- kappa opioid receptor cooperativity mediates the protective effect of testosterone on temporomandibular joint nociception development in rats

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

27/02/2012

RESUMO

Disfunções temporomandibulares são condições dolorosas que envolvem a articulação temporomandibular e os músculos mastigatórios com maior prevalência, severidade e duração no sexo feminino. Recentemente foi demonstrado que a testosterona apresenta um efeito protetor ao diminuir o risco de ratos desenvolverem dor na Articulação Temporomandibular (ATM), o que explica pelo menos em parte, a menor prevalência de dor no sexo masculino. No entanto, o mecanismo através do qual a testosterona induz o efeito protetor em machos não é conhecido. Assim, o objetivo deste trabalho foi investigar se o efeito protetor da testosterona é mediado pela ativação do sistema opióide endógeno no sistema nervoso central e quais os subtipos de receptores opióides estão envolvidos nesse efeito protetor sobre o desenvolvimento de dor na ATM em ratos. Para o procedimento experimental foram usados ratos machos Wistar (230-300 g), intactos, gonadectomizados (Gx) e sham gonadectomizados (sham Gx) e a injeção de formalina 0,5% na ATM foi usada como estímulo nociceptivo. Para testar o envolvimento de um mecanismo neural central dependente da ativação do sistema opióide, os animais receberam injeção de naloxona, antagonista não seletivo de receptores opióides, CTOP, Naltrindole e Nor-BNI, antagonistas opióides seletivos para os subtipos de receptores opióides mu (µ ), delta e capa (µ ), respectivamente na região do núcleo sensorial trigeminal, antes do teste da formalina na ATM. A administração da Naloxona (15?g) antagonista não seletivo ou a combinação dos antagonistas de receptor µ opióide CTOP (30µ g/10µ l) mais o de receptor µ opióide Nor- BNI (90µ g/10µ l) aumentou significativamente a nocicepção induzida pela formalina 0,5% na ATM em ratos sham Gx, mas não em ratos Gx (31.09%, n = 6 e 26,9%, n = 6; respectivamente) A resposta de ratos intactos a estes tratamentos foi semelhante à de ratos sham Gx. Em contraste, a administração de cada antagonista de receptores opióides sozinhos ou a combinação de CTOP (30µ g/10µ l) mais o antagonista do receptor delta opióide Naltrindole (90µ g/10µ l) ou de Nor-BNI (90µ g/10µ l) mais Naltrindole (90µ g/10µ l) não afetou a nocicepção induzida pela formalina 0,5% em ratos Gx, intactos e sham Gx. Estes resultados sugerem que o efeito protetor da testosterona no desenvolvimento da dor na ATM depende da liberação de opióides endógenos e a subseqüente ativação dos receptores opióides mu e capa no sistema nervoso central. Conclui-se que a ativação individual dos subtipos de receptores é insuficiente enquanto que a co-ativação dos receptores opióides µ e k é necessária para mediar o efeito protetor da testosterona.

ASSUNTO(S)

receptors opioid pain receptores opióides dor

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