Mecanismo físico-químico de aderência na interface argamassa modificada com polímeros/cerâmica de revestimento
AUTOR(ES)
Alexandra Ancelmo Piscitelli Mansur
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
Os revestimentos cerâmicos têm sido utilizados ao longo dos anos para acabamento de fachadas de edificação pelas suas qualidades técnicas e estéticas. No entanto, a ocorrência de problemas de destacamentos de placas dos edifícios tem levado à diminuição do uso de placas cerâmicas e a busca por materiais alternativos. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é avaliar os mecanismos de formação da interface placa cerâmica/argamassa de modo a possibilitar a melhoria desta interface visando uma maior durabilidade dos sistemas de revestimentos cerâmicos.O estudo foi conduzido utilizando o polímero mais comum em argamassas de assentamento de cerâmicas, o EVA (poli(etileno-co-acetato de vinila)). Foram feitas também avaliações com o PVA (poli(álcool vinílico)) por se tratar de um polímero solúvel em água, com características funcionais similares ao EVA e que também é utilizado como surfactante no processo de produção do EVA. No estudo, foram realizadas as caracterizações das matérias-primas, a avaliação do efeito dos polímeros nas propriedades da argamassa no estado fresco e endurecido, o estudo da influência dos polímeros na hidratação do cimento e, finalmente, a análise das resistências interfaciais e dos mecanismos físico-químicos atuantes nesta interface. Baseado nos resultados obtidos foi proposta modificação química na superfície de placas de revestimento com organosilanos para aumento das interações interfaciais.A partir das análises realizadas, observou-se que a introdução dos polímeros alterou as propriedades reológicas da argamassa implicando em modificação da microestrutura interfacial, quando comparada com a argamassa de referência, mas sem alterar o grau de hidratação em maiores idades. Na formação da interface, para as argamassas modificadas com PVA além de interações fracas de van der Waals observam-se interações através de ligações de hidrogênio entre a superfície hidrofílica da cerâmica e os grupos hidroxilas do PVA. Para o EVA, interações hidrofílicas e de van der Waals ocorrem até que seja verificada a hidrólise do EVA no meio alcalino da argamassa permitindo também o estabelecimento de ligações de hidrogênio. As modificações introduzidas pelo organosilanos foram capazes de promover a melhoria da aderência na interface para argamassas com e sem polímeros, pela possibilidade de interações hidrofóbicas e covalentes somando-se às interações já existentes de van der Waals e ligações de hidrogênio.
ASSUNTO(S)
engenharia de minas teses. engenharia metalúrgica teses.
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/MAPO-7RCP68Documentos Relacionados
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