Mamografia de rotina: oportunidade para o diagnóstico de doenças crônicas degenerativas? Um estudo transversal

AUTOR(ES)
FONTE

Radiol Bras

DATA DE PUBLICAÇÃO

09/03/2017

RESUMO

Resumo Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar calcificações arteriais mamárias (CAMs) detectadas em mamografia de rotina e analisar sua associação com doenças crônicas degenerativas. Materiais e Métodos: Estudo transversal com mulheres atendidas em um ambulatório especializado para tratamento de hipertensão de alto risco, diabetes ou doença renal crônica, bem como as voluntárias que participaram de um estudo para validar um escore para triagem de doença renal crônica oculta. Trezentas e doze pacientes entre 40 e 69 anos de idade, sem histórico de câncer de mama, com mamografia realizada nos últimos dois anos foram incluídas. Os pesquisadores, que desconheciam os fatores de risco para CAMs, analisaram as mamografias de rotina. Resultados: A média de idade foi 55,9 ± 7,4 anos, 64,3% brancas. A média da taxa de filtração glomerular foi 41,87 ± 6,23 mL/min/ 1,73 m2. Setenta e uma participantes (22,8%) apresentavam CAMs. Houve associação entre CAMs e idade, hipertensão, diabetes, doença renal crônica e taxa de filtração glomerular. Na análise multivariada, idade e diabetes persistiram associadas a CAMs. O odds ratio entre CAMs versus doenças crônicas foi elevado. Conclusão: Houve associação entre CAMs com a idade, hipertensão, diabetes, doença renal crônica e taxa de filtração glomerular. Esta associação chama a atenção do radiologista/clínico, para que a presença dessas alterações deva ser relatada, e essas doenças devam ser triadas nestes pacientes.

ASSUNTO(S)

doença renal crônica hipertensão arterial diabetes mellitus taxa de filtração glomerular calcificações arteriais mamárias mamografia

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