Malaria experimental por Plasmodium chabaudi chabaudi linhagem CR em camundongo NOD/Uni ("Non-obese diabetic") / Plasmodium chabaudi CR in Non-Obese Diabetic (NOD) mice

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

A malária é uma parasitose que mata mais de um milhão de pessoas por ano. No Brasil, 99% dos casos ocorrem na Amazônia Legal. O Plasmodium chabaudi chabaudi CR, não letal, representa a malária experimental de autocontrole. A hipoglicemia é uma característica comum da malária causada pelo P. falciparum e também está presente na malária murina. O diabetes tipo 1 é uma doença auto-imune órgão-específica que tem como conseqüência a destruição das células ß produtoras de insulina, nas ilhotas de Langerhans. Alguns trabalhos observaram que a infecção de camundongos com o estágio sangüíneo de P. chabaudi induziu uma hipoglicemia em camundongos normais e normalizou a hiperglicemia em camundongos moderadamente diabéticos por indução pela streptozotocina (STZ). No camundongo NOD ("non-obese diabetic"), o diabetes é determinado geneticamente e simula o desenvolvimento do diabetes tipo 1. O presente trabalho se propõe avaliar a influência do diabetes mellitus tipo 1 na infecção experimental por Plasmodium chabaudi chabaudi, linhagem CR, em camundongos fêmeos NOD/Uni, com diferentes graus de diabetes (diabetes moderada e diabetes severa). Camundongos fêmeos livres de patógenos específicos (SPF) da linhagem NOD/Uni com oito a 42 semanas de idade foram infectados via intraperitoneal com 1x107 eritrócitos parasitados pelo Plasmodium chabaudi chabaudi CR. A glicemia foi determinada pela deposição de sangue coletado diretamente da cauda do animal em fita reativa do aparelho Roche Accu-Chek Active® em dias alternados. A parasitemia foi expressa em percentagem de hemácias parasitadas mediante observação de esfregaço sangüíneo corado com May-Grünwald e Giemsa. Os camundongos NOD/Uni foram classificados segundo o grau de diabetes em moderada (300 a 500 mg/dL) e severa (>500 mg/dL). Foi observada redução da glicemia a partir do quinto dia de infecção nos camundongos NOD/Uni, em geral no pico da infecção. Esta redução não ocorreu nos camundongos NOD/Uni sem infecção e nos camundongos da linhagem BALB/c/Uni infectados pelo Plasmodium chabaudi chabaudi CR. As principais lesões renais observadas foram edema, necrose e infiltração glomerular, descamação e dilatação dos túbulos contorcidos e espessamento da membrana basal glomerular. Os camundongos da linhagem NOD/Uni infectados pelo Plasmodium chabaudi chabaudi CR apresentaram maior sobrevida em relação aos camundongos sem infecção. A redução da glicemia parece estar relacionada a diversos fatores dentre eles, a influência das proteínas de membrana GPIs (glycosylphosphatidylinositols) e o equilíbrio entre a resposta dos linfócitos Th1/Th2

ASSUNTO(S)

malaria diabetes camundongo plasmodium malaria diabetes mice plasmodium

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