Macrofauna bentônica e as características limnológicas de um riacho de primeira ordem da Mata Atlântica do Nordeste Brasileiro
AUTOR(ES)
Cunha, Janaina Câmara Siqueira da, Barros Filho, Renato Galindo de, Silva, Rafael Pereira da, Santos, Iris Gabrielly Arruda dos, Rodrigues, Gilberto Gonçalves
FONTE
Acta Limnol. Bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-03
RESUMO
OBJETIVO: O presente trabalho teve por objetivo elucidar se as variáveis físicas e químicas da água, de um riacho de primeira ordem da Reserva Biológica de Saltinho do sul de Pernambuco atuam na distribuição e abundância dos macroinvertebrados bentônicos. MÉTODOS: Sabe-se que tanto as variáveis limnológicas (pH, condutividade, temperatura, turbidez, salinidade e oxigênio dissolvido) quanto as variáveis estruturais do habitat aquático (substrato, disponibilidade de alimento e velocidade do fluxo) influenciam na estrutura da comunidade de macroinvertebrados. O riacho é muito pequeno com largura aproximada de 1-3 m e profundidade de 0,5 m. Foi utilizado um amostrador tipo Surber (100 mm) em três trechos do riacho, cada um com duas unidades amostrais (u.a.) totalizando seis u.a. distantes 50 m, com um esforço amostral de cinco minutos por u.a.; as variáveis da água foram coletadas com o auxílio do medidor multiparâmetro de qualidade da água. RESULTADOS: Dos 11 táxons encontrados nenhum exibiu correlação significativa (p<0,05) com pH, temperatura e salinidade, mas alguns táxons apresentaram com as outras variáveis. Hemiptera aumenta a abundância com o decréscimo de oxigênio dissolvido (OD); Ostracoda aumenta com o acréscimo da condutividade elétrica (CE), turbidez (TB) e o decréscimo do OD; e Trichoptera aumenta com a diminuição da CE e TB e com o aumento do OD. Cada trecho exibiu similaridade em relação à riqueza e abundância dos táxons e às variáveis limnológicas. A distribuição dos táxons no riacho não apresentou o mesmo padrão, agrupando as u.a de trechos distintos, devido às variáveis estruturais do habitat. CONCLUSÕES: Assim, a comunidade de macroinvertebrados variou de acordo com as variáveis abióticas nos diferentes parâmetros estruturais e limnológicos. Este estudo é o primeiro registro de um trabalho associando fauna bentônica e variáveis abióticas na mata atlântica em Pernambuco.
ASSUNTO(S)
macroinvertebrados variáveis abióticas riacho mata atlântica fauna bentônica
Documentos Relacionados
- Colonização de macroinvertebrados bentônicos em detritos foliares em um riacho de primeira ordem na Floresta Atlântica do nordeste brasileiro
- Larvas de Chironomidae ( Diptera) em depósitos de folhiço submerso em um riacho de primeira ordem da Mata Atlântica (Rio de Janeiro, Brasil)
- Variação na dieta de um pequeno Characidae de acordo com a cobertura da mata ripária em um riacho da Mata Atlântica, nordeste do Brasil
- Aphyllophorales (Basidiomycotina) em Ãreas de Mata AtlÃntica do Nordeste brasileiro
- Distribuição de oligoquetas em um riacho da Mata Atlântica, Sudeste do Brasil