Lima Barreto, in dialogue with modernity / Lima Barreto: em diálogo com a modernidade

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Autor de grande produção, apesar do pouco tempo que viveu, Lima Barreto se apresenta como um dos grandes literatos brasileiros, vivendo em uma época particularmente delicada do país, mais especificamente durante a transição entre Império e Primeira República e os primeiros anos do novo regime. O Brasil à época de Lima Barreto se viu lançado em um turbilhão de força impressionante. A proclamação da República foi o início de uma continuidade de crises, que se sucederam a partir de 1889. Objetivando, entre outros motivos, a obtenção de um maior grau de semelhança com a aparência de uma metrópole européia do fim do séc. XIX, a cidade do Rio de Janeiro sofreu, entre esse período e o início do séc. XX uma profunda reforma. As modificações aumentariam, teoricamente, as possibilidades de negócios e exposição em relação ao resto do mundo civilizado da época. Tais inovações se espelharam, em parte, no trabalho desenvolvido por Hausmann em Paris. No Rio de Janeiro, tal processo de adequação foi denominado de Regeneração, tendo sido comandado pelo prefeito da cidade na época, Pereira Passos. Um dos mais importantes e completos registros de tal época é a obra de Lima Barreto, autor que viveu e conviveu na então capital do país. Neste trabalho trato especificamente da obra Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá, de Lima Barreto, tendo como foco o uso que o autor faz do diálogo socrático enquanto ferramenta discursiva. No romance, a personagem Gonzaga de Sá vê, amargurada, o seu Rio de Janeiro, antigo conhecido, desaparecer paulatinamente enquanto um estranho toma o seu lugar. É marcante a quantidade de temas abordados no romance em questão. Parto da hipótese de que tal situação é possível devido à forma do texto, que é predominantemente o diálogo socrático. Acredito que é graças a ele e a seu caráter criativo livre que é viabilizada a discussão desta miríade de temas que são tratados por Gonzaga de Sá e seu interlocutor, Augusto Machado.

ASSUNTO(S)

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