Lidando com as consequências do tratamento agressivo para retinoblastoma refratário com semeadura vítrea

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Oftalmol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-08

RESUMO

Uma menina de 4 anos com retinoblastoma (RB) bilateral, não-familiar foi encaminhada após enucleação OE e tumor ativo OD refratário a múltiplas terapias (quimioterapia endovenosa, laser/crioterapia e braquiterapia com I-125). Semeadura vitrea OD, inicialmente controlada por inúmeras sessões de Quimioterapia Intra-Arterial Oftálmica (QIAO) e quimioterapia periocular, recorreu em seguida. Paciente recebeu injeções intravítreas de Melphalan obtendo controle tumoral apesar do desenvolvimento concomitante de ceratopatia, sinéquias pupilares, catarata, necrose do fórnice inferior e gordura periorbitária adjacente, todos secundários aos tratamentos usados. Implantes repetidos de membrana amniótica e tarsorrafias foram realizadas para melhora sintomatológica. Apesar de estar livre de tumor por 6 meses, a baixa visibilidade do fundo e complicações terapêuticas nos levaram a considerar enucleação que foi descartada pelos pais. Após recente ressonância magnética nuclear (RMN) negativa, a catarata foi removida. Foi então detectada recorrência tumoral. O olho foi enucleado há 12 meses e ela se recuperou bem da cirurgia. Enquanto a oncologia ocular embarca em tratamentos para preservar em retinoblastoma, é importante considerar os efeitos cumulativos e impacto associado desses tratamentos, e a possibilidade de fracasso.

ASSUNTO(S)

retinoblastoma/quimioterapia retinoblastoma/cirurgia melfalan/administração & dosagem corpo vítreo/patologia injeções intravítreas neoplasias da retina/cirurgia enucleação ocular humanos feminino criança relatos de casos

Documentos Relacionados