Leucoencefalopatia posterior reversível associada a transplante de medula óssea
AUTOR(ES)
Teive, Hélio A.G., Brandi, Ivar V., Camargo, Carlos H.F., Bittencourt, Marco A., Bonfim, Carmem M., Friedrich, Maria L., Medeiros, Carlos R. de, Werneck, Lineu C., Pasquini, Ricardo
FONTE
Arquivos de Neuro-Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2001-09
RESUMO
A síndrome de leucoencefalopatia posterior reversível (SLPR) tem sido descrita em pacientes com insuficiência renal, eclâmpsia, encefalopatia hipertensiva e em pacientes que recebem terapia imunossupressora. O mecanismo pelo qual os agentes imunossupressores podem causar a síndrome ainda não são conhecidos, porém estão provavelmente relacionados aos efeitos citotóxicos destes agentes no endotélio vascular. Relatamos oito pacientes que receberam ciclosporina A (CSA) após transplante de medula óssea alogênico ou para tratamento de anemia aplástica severa e que desenvolveram a SLPR. Os sinais e sintomas mais comuns foram convulsões e cefaléia. A disfunção neurológica ocorreu simultaneamente ou precedida por elevação da pressão arterial sistêmica e disfunção renal aguda em seis pacientes. O exame de tomografia computadorizada do crânio demonstrou a presença de áreas de baixos valores de atenuação na distribuição da substância branca, envolvendo áreas posteriores de ambos os hemisférios cerebrais. O quadro clínico e as anormalidades tomográficas foram reversíveis; a melhora ocorreu em todos os pacientes em que as doses de CSA foram reduzidas ou quando a droga foi retirada. A SLPR pode ser considerada uma expressão de neurotoxicidade da CSA.
ASSUNTO(S)
complicações neurológicas ciclosporina a transplante de medula óssea
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