Leaf area, senescence and uniform development as favorable treits, in the adaptation of maize cultivars with contrasting genetic variability to crowding. / Área foliar, senescência e uniformidade de desenvolvimento na adaptação ao adensamento de plantas de cultivares de milho com bases genéticas contrastantes.

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O incremento na densidade de plantas é uma forma de maximizar a interceptação da radiação solar e o rendimento de grãos do milho. Contudo, ele também pode reduzir a atividade fotossintética da planta e a eficiência de conversão dos fotoassimilados à produção de grãos. Aumentos na tolerância de híbridos de milho ao adensamento têm sido reportados em diferentes regiões produtoras no mundo. Duas características que podem contribuir para isto são a senescência foliar mais lenta no enchimento de grãos e a maior uniformidade no crescimento e desenvolvimento das plantas durante o ciclo da cultura. Este trabalho foi conduzido com os objetivos de quantificar o efeito do incremento da população de plantas sobre a área foliar, o rendimento de grãos e o coeficiente de variação de características agronômicas de cultivares de milho com bases genéticas contrastantes. O experimento foi conduzido no município de Lages-SC. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados dispostos em parcelas subdivididas. Na parcela principal foram testadas três cultivares de milho: uma variedade de polinização aberta (Fortuna), um híbrido duplo (Ag303) e um híbrido simples (P30F53). Cinco populações de plantas foram avaliadas nas subparcelas: 25.000, 50.000, 75.000, 100.000 e 125.000 plantas ha-1. O experimento foi implantado no dia 26 de outubro de 2005, com espaçamento entre linhas de 0,70 m. Quando a cultura estava com quatro folhas expandidas, marcou-se 10 plantas de cada subparcela que estivessem no mesmo estádio fenológico. Estas plantas foram utilizadas para as avaliações de área foliar, bem como para o acompanhamento do crescimento, determinando-se o coeficiente de variação para área foliar, estádio fenológico e estatura de planta. Estas variáveis foram avaliadas 10 vezes, nos estádios V4, V8, V12, V16, R1 (espigamento) e aos 14, 28, 42, 56 e 70 dias após o espigamento. Após a colheita, foram determinados o coeficiente de variação e a produção de grãos por planta, nas 10 plantas selecionadas. Além disso, determinou-se a produção de grãos na área útil, bem como os componentes do rendimento. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F, ao nível de significância de 5% (P<0,05). As médias foram analisadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade de erro (P<0,05), por regressão polinomial e por correlação linear. A reposta do rendimento de grãos das três cultivares ao incremento na densidade de plantas foi quadrática. O rendimento de grãos do híbrido simples (HS) foi maior e mais responsivo ao incremento na população de plantas do que o híbrido duplo (HD) e da variedade de polinização aberta (VPA). As populações que otimizaram o rendimento de grãos foram de 86.665 plantas ha-1, 53.044 plantas ha-1 e 85.000 plantas ha-1 para o HS, HD e VPA, respectivamente. O HS apresentou maior valor de área foliar do que as demais cultivares aos 56 dias após o espigamento, nas densidades superiores a 50.000 plantas ha-1. Os maiores coeficientes de variação para produção de grãos por planta foram obtidos na densidade de 125.000 plantas ha-1 e os menores na de 25.000 plantas ha-1. O HS apresentou menor coeficiente de variação do que o HD e a VPA para estatura de planta e área foliar no espigamento, bem como para produção de grãos por planta. As maiores uniformidades morfológica e fenológica do HS provavelmente contribuiu para reduzir a competição intra-específica por água, luz e nutrientes, favorecendo o estabelecimento de um dreno mais forte logo após a floração. A maior demanda por fotoassimilados do HS possivelmente favoreceu a manutenção da atividade fotossintética das folhas por um período mais longo, retardando a senescência foliar. Portanto, a senescência foliar mais lenta e o desenvolvimento uniforme das plantas contribuíram para o maior rendimento de grãos do HS e para as maiores diferenças de produtividade registradas entre o HS e o HD e a VPA nas densidades mais altas (75.000, 100.000 e 125.000 plantas ha-1).

ASSUNTO(S)

ciencias agrarias milho plantas - densidade maize plant phenology milho - morfologia maize - yield plants - densitry fenologia vegetal milho - rendimento maize - morphology

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