La piel em espera: el porvenir del cuerpo de Severo Sarduy

AUTOR(ES)
FONTE

Alea

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-04

RESUMO

Resumo Este artigo propõe uma primeira leitura do arquivo familiar de Severo Sarduy. Adquirido pela Universidade de Princeton no fim de 2014, o arquivo conta com aproximadamente 1000 cartas dirigidas a sua família desde 1959, ano em que o escritor sai de Cuba. A partir daquilo que leio como um espetáculo somático, no qual Sarduy narra as mudanças que seu corpo experimenta no estrangeiro e em que tanto a fotografia quanto os objetos que envia a sua família têm papel decisivo, proponho-me a entender esta correspondência e sua prótese como um primeiro ensaio do corpo. Sarduy necessita de uma mudança material para, então, atravessar os limites corporais, nacionais e heteronormativos, mas também para ultrapassar os próprios limites da vida. O tempo por vir do corpo encontra sentido em uma tautologia material capaz de transcender a temporalidade da maquinaria biológica. Assim, proponho a leitura do arquivo como uma pele à espera de um leitor que ative sua membrana material.

ASSUNTO(S)

severo sarduy arquivo corpo correspondência familiar universidade de princeton

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