L'ontologie chez Heidegger et chez Lukacs - Phénoménologie et dialectique

AUTOR(ES)
FONTE

Kriterion: Revista de Filosofia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-06

RESUMO

O autor deste texto abordou anteriormente em várias ocasiões a questão do confronto entre o pensamento de Heidegger e o de Lukacs. Ele partiu da ideia de que existem temas em comum entre os dois pensadores, como, por exemplo, aquele da alienação e o da reificação, sobre os quais publicou dois artigos. Este texto persegue objetivos mais ambiciosos, pois se propõe a retornar aos fundamentos ontológicos das duas filosofias e confrontar Heidegger e Lukacs a partir de sua oposição sobre várias questões filosóficas cruciais: a autonomia ontológica do mundo exterior, a definição do conceito de "mundo", a "subjetividade do sujeito", e a humanitas do Homo humanus, a crítica lukacsiana do conceito heideggeriano de Geworfenheit, a problemática da finitude e do infinito, etc. A tese central do artigo é a ocultação por Heidegger do trabalho como "fenômeno originário" da existência humana e sua substituição por uma categoria afetiva: a "preocupação" (die Sorge), enquanto Lukacs construiu sua ontologia do ser social seguindo Hegel e Marx na ideia do trabalho como centro da existência humana. A parte final do texto aponta diversos temas do pensamento de Heidegger (como a crítica do pensamento tranquilizador) que prefiguram a adesão do filósofo à extrema direita da época, o que confirma a tese de Lukacs formulada em seu livro A destruição da Razão sobre o caráter "pré-fascista" de algumas orientações da filosofia heidegeriana na época posterior a seu famoso Ser e tempo.

ASSUNTO(S)

ontologia lukács heidegger

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