Jardins e Riachinhos : figuração imaginária das vidas de Rosa

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O presente trabalho tem como objeto de estudo os contos que constituem a coletânea Jardins e Riachinhos, do livro Ave, Palavra, obra póstuma de João Guimarães Rosa. Nesses textos, analisamos as imagens arquetípicas dos jardins e dos rios, considerando o conceito de arquétipo de Jung, que constitui um correlato indispensável da idéia de inconsciente coletivo. O conceito de arquétipo indica a existência de determinadas formas simbólicas na psique humana, presentes em todo o tempo e em todo lugar. As imagens presentes na obra do grande prosador-poeta se formam em torno de uma orientação fundamental, que se compõe de sentimentos e emoções próprios de uma cultura, assim como de toda experiência individual e coletiva. Os jardins e os rios como imagens arquetípicas que simbolizam os desejos, as necessidades, as angústias do ser humano desde os primórdios. Assim, nos orientamos nos postulados de Gilbert Durand que, propondo uma antropologia do imaginário, deseja conciliar a totalidade das motivações simbólicas com base na sua mitodologia, aparato que estabelece as relações entre imaginário e literatura.

ASSUNTO(S)

imaginário rosa, joão guimarães, 1908-1967 - crítica e interpretação guimarães rosa teoria literaria jardins contos brasileiros - história e crítica rios inconsciente coletivo

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