Ironia: BANDEIRA contra a maldição

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

25/11/2009

RESUMO

O objetivo deste trabalho é analisar a obra poética de Manuel Bandeira (1886 1968), observando nela, no trato do mais recorrente tema de que se compõe a saber a temática da morte, o reiterado uso da figura de estilo ironia pelo poeta no seu labor artístico, não apenas como recurso estilístico a ele acessível para tanto, mas, sobretudo, como um meio por ele encontrado para se defender, se contrapor à maldição da morte, fazendo da ironia um escudo, um anteparo, daí o título deste trabalho, e assim manter o equilíbrio necessário à consecução da vida. Para tanto procurou-se analisar a sua obra Estrela da Vida Inteira, 35 impressão, da Editora Nova Fronteira, a qual reúne toda a produção poética do artista. A fim de embasar o trabalho ora apresentado, lançou-se mão, como suporte teórico, dos conceitos backtinianos de dialogismo e polifonia, bem como o que vai na obra A Arte de Morrer visões plurais, organizada por Dora Incontri e Franklin Santana Santos, afora textos e obras outras relativas à medicina, psicanálise, filosofia, religião e linguística. O presente estudo se completa com a citação e análise de vários poemas do autor que bem exemplificam o que se quis nele demonstrar a ironia como recurso usado pelo eu lírico para escamotear-se à maldição e, obviamente, sugerir novos estudos dentro dessa esteira de pensamento.

ASSUNTO(S)

estilística linguistica polifonia morte manuel bandeira ironia muerte polifonía estilística ironía manuel bandeira

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